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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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tais como macrófagos e células epiteliais. A doença inflamatória intestinal em<br />

camundongos deficientes em IL-2 ou seu receptor é uma consequência dos defeitos<br />

no desenvolvimento e função de Treg, que necessitam de IL-2 (Cap. 15).<br />

Tolerância Oral e Vacinas Orais<br />

Tolerância oral é a tolerância imune adaptativa sistêmica aos antígenos que<br />

são ingeridos ou administrados oralmente. A tolerância oral foi mais claramente<br />

demonstrada em modelos experimentais com roedores. Camundongos alimentados<br />

com altas doses de um antígeno proteico podem apresentar, subsequentemente,<br />

prejuízo nas respostas humorais e mediadas por células T ao mesmo antígeno<br />

administrado por outras vias, tais como subcutânea. Um fenômeno similar pode ser<br />

demonstrado quando antígenos são administrados por via intranasal para a mucosa<br />

respiratória, sendo o termo geral, tolerância das mucosas, mais utilizado para<br />

descrever a tolerância induzida tanto por administração do antígeno oral ou nasal.<br />

Especula-se que o papel fisiológico da tolerância oral seja a prevenção de respostas<br />

imunes potencialmente perigosas às proteínas provenientes de alimentos e de<br />

bactérias comensais. Os mecanismos subjacentes de tolerância oral não são bem<br />

compreendidos, mas provavelmente incluem mecanismos de tolerância periférica<br />

discutidos no Capítulo 15, tais como anergia, deleção e supressão mediada por Treg.<br />

A propensão do sistema imune do intestino a suprimir as respostas imunes locais aos<br />

antígenos no lúmen intestinal poderia se manifestar em outras partes do corpo, devido<br />

à circulação de Treg em outros tecidos, além da deleção ou anergia de células<br />

T efetoras no intestino, as quais não ficam mais disponíveis para responder a<br />

antígenos em outros locais. As tentativas para tratar doenças autoimunes ou alergias<br />

pela administração oral ou nasal de antígenos próprios ou alérgenos importantes não<br />

têm sido bem- sucedidas.<br />

A administração oral de antígeno no contexto da estimulação concomitante<br />

da imunidade inata pode conduzir a respostas imunes adaptativas protetoras,<br />

como no uso de vacinas virais orais para induzir respostas protetoras de<br />

anticorpos aos vírus. Essas vacinas são compostas por vírus vivos atenuados que<br />

podem infectar células dendríticas no intestino e estimulam fortes respostas inatas<br />

que, então, promovem a ativação de células T e B.<br />

O Papel da Microbiota Comensal na Regulação<br />

do Sistema Imune<br />

A microbiota intestinal humana inclui todas as bactérias comensais que normalmente<br />

residem nos intestinos, como discutido anteriormente, assim como milhares de<br />

espécies de vírus, fungos e protozoários. Os seres humanos e suas microbiotas<br />

intestinais têm coevoluído mecanismos para benefício mútuo, incluindo aqueles para

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