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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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fenótipo alternativamente ativado (M2) associados a tumores, assim como outras<br />

células são fontes de VEGF, o que promove a angiogênese, e de metaloproteinases<br />

de matriz, que modificam o tecido extracelular. Portanto, a ativação crônica de<br />

algumas células do sistema imune inato é caracterizada pela angiogênese e pela<br />

remodelação do tecido, o que favorece o crescimento de tumores e seu<br />

espalhamento. Células imunes inatas também podem contribuir para a transformação<br />

maligna celular através da geração de radicais livres que causam danos no DNA e<br />

desencadeiam mutações em genes supressores de tumor e oncogenes. Alguns<br />

dados sugerem que as células do sistema imune inato, incluindo mastócitos,<br />

neutrófilos e macrófagos, secretam fatores solúveis que promovem a progressão do<br />

ciclo celular e a sobrevivência das células tumorais. O fator de transcrição NF-κB, que<br />

é um importante mediador da resposta imune inata, pode desempenhar um papel<br />

importante na progressão do câncer associado à inflamação.<br />

O sistema imune adotivo pode promover a ativação crônica das células imunitárias<br />

inatas de várias maneiras, incluindo a ativação dos macrófagos mediada por células<br />

T nos quadros de infecções microbianas intracelulares persistentes, bem como<br />

durante a doença maligna inicial, mesmo quando os agentes infecciosos não estão<br />

presentes. Existem também evidências experimentais de que os linfócitos B podem<br />

contribuir para a progressão do tumor pela secreção de fatores que regulam<br />

diretamente a proliferação das células tumorais, bem como pela capacidade de ativar<br />

células do sistema imune inato cronicamente presentes em tumores iniciais. Os<br />

efeitos da promoção de tumores do sistema imunitário são paradoxais e constituem<br />

um assunto de investigação ativa neste momento. Estes efeitos da inflamação crônica<br />

são, teoricamente, também alvo para intervenção farmacológica porque há uma<br />

grande variedade de fármacos anti-inflamatórios eficazes já disponíveis. O desafio<br />

para os oncologistas é alcançar um equilíbrio benéfico no qual as respostas imunes<br />

adaptativas antitumorais protetoras não fiquem comprometidas enquanto as reações<br />

inflamatórias promotoras tumorais potencialmente prejudiciais estejam controladas.<br />

Resumo<br />

Os tumores expressam antígenos que são reconhecidos pelo sistema imune, mas a<br />

maioria dos tumores suprime as respostas imunes ou é fracamente imunogênica,<br />

e as respostas imunes muitas vezes não conseguem impedir o crescimento<br />

tumoral. O sistema imune pode ser estimulado a destruir efetivamente os tumores.<br />

Antígenos tumorais reconhecidos por CTLs são os principais indutores e alvos para<br />

a imunidade antitumoral. Estes antígenos incluem mutantes de oncogenes e de<br />

outras proteínas celulares, proteínas normais cuja expressão é aumentada ou<br />

desregulada em tumores, e os produtos de vírus oncogênicos.<br />

Anticorpos específicos para antígenos de células tumorais são utilizados para<br />

diagnóstico, e os antígenos são alvos potenciais para a terapia com anticorpos.

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