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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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células B no baço mostrando uma seção de região em torno<br />

de uma arteríola. As células T na faixa linfoide periarteriolar<br />

estão coradas em vermelho, e as células B no folículo estão<br />

coradas em verde. (Cortesia de Drs. Kathryn Pape e Jennifer<br />

Walter, University of Minnesota School of Medicine,<br />

Minneapolis.)<br />

A polpa branca contém as células que medeiam as respostas imunes<br />

adaptativas aos antígenos originados no sangue. Na polpa branca, estão<br />

situadas muitas populações de linfócitos densamente empacotados, que se parecem<br />

com nódulos brancos contra um fundo de polpa vermelha. A polpa branca é<br />

organizada em torno de artérias centrais, que são ramificações da artéria esplênica<br />

distintas das ramificações que formam os sinusoides vasculares. Várias ramificações<br />

menores de cada artéria central passam através de áreas ricas em linfócitos e<br />

drenam para o sino marginal. Uma região de células especializadas circundando o<br />

sino marginal, chamada de zona marginal, forma uma fronteira entre a polpa<br />

vermelha e a polpa branca. A arquitetura da polpa branca é análoga à organização<br />

dos linfonodos, com zonas de célula T e B segregadas. No baço de camundongo, as<br />

artérias centrais são rodeadas por bainhas de linfócitos, a maioria dos quais são<br />

células T. Em virtude da sua localização anatômica, os morfologistas chamam estas<br />

zonas de célula T de bainhas linfoides periarteriolares. Os folículos ricos em célula<br />

B ocupam o espaço entre o sino marginal e a bainha periarteriolar. Como nos<br />

linfonodos, as áreas de células T no baço contêm uma rede de complexos conduítes<br />

composta de proteínas da matriz recobertas por células do tipo FRC. A zona marginal<br />

logo do lado de fora do sino marginal é uma região distinta e povoada por células B e<br />

macrófagos especializados. As células B da zona marginal são funcionalmente<br />

distintas das células B foliculares e apresentam um repertório limitado de<br />

especificidades de antígenos. A arquitetura da polpa branca é mais complexa em<br />

humanos do que em camundongos, com ambas as zonas interna e externa e uma<br />

zona perifolicular. Antígenos no sangue são distribuídos para o sino marginal pelas<br />

células dendríticas circulantes ou são amostrados pelos macrófagos na zona<br />

marginal.<br />

O arranjo anatômico das APCs, células B e células T na polpa branca esplênica<br />

promove as interações necessárias para um desenvolvimento eficiente das respostas<br />

imunes humorais, como discutiremos no Capítulo 12. A segregação dos linfócitos T<br />

nas bainhas linfoides periarteriolares e células B nos folículos e zonas marginais é um<br />

processo altamente regulado, dependente da produção de diferentes citocinas e<br />

quimiocinas pelas células estromais nestas diferentes áreas, análogos ao caso para<br />

os linfonodos. A quimiocina CXCL13 e seu receptor CXCR5 são necessários para a<br />

migração da célula B para os folículos, e a CCL19 e CCL21 e seu receptor CCR7 são<br />

requeridos para a migração da célula T imatura para a bainha periarteriolar. A

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