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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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sérico (SAP), e a pentraxina longa PTX3. Ambos CRP e SAP se ligam a várias<br />

espécies diferentes de bactérias e fungos. Os ligantes moleculares reconhecidos por<br />

PC-R e SAP incluem a fosforilcolina e a fosfatidiletanolamina, respectivamente, que<br />

são encontradas nas membranas bacterianas e ficam expostas nas células<br />

apoptóticas. PC-R, SAP e PTX3 ativam o complemento por meio de ligação ao C1q e<br />

iniciam a via clássica.<br />

As concentrações plasmáticas de PC-R são muito baixas em indivíduos saudáveis,<br />

mas podem aumentar até 1.000 vezes durante as infecções e em resposta a outros<br />

estímulos inflamatórios. Os níveis aumentados de PC-R são resultado da síntese<br />

aumentada, pelo fígado, induzida pelas citocinas IL-6 e IL-1, que são produzidas<br />

pelos fagócitos como parte da resposta imune inata. A síntese hepática e os níveis<br />

plasmáticos de várias outras proteínas, incluindo SPA e outras não relacionadas com<br />

as pentraxinas, também aumentam em resposta a IL-1 e IL-6. Essas proteínas<br />

plasmáticas são chamadas de reagentes de fase aguda, porque estão elevadas no<br />

sangue durante as reações inflamatórias agudas.<br />

O PTX3 é produzido por vários tipos celulares, incluindo células dendríticas,<br />

macrófagos e células endoteliais, em resposta aos ligantes TLR e citocinas<br />

inflamatórias, tais como TMF, mas ele não é um reagente de fase aguda. O PTX3<br />

também é armazenado nos grânulos de neutrófilos e liberado quando os neutrófilos<br />

morrem. O PTX3 reconhece várias moléculas em fungos e bactérias Gram-positivas e<br />

Gram-negativas e vírus, assim como células apoptóticas. Estudos com camundongos<br />

knockout revelaram que o PTX3 fornece proteção contra esses microrganismos,<br />

incluindo o fungo Aspergillus fumigatus. O PTX3 também contribui para proteção<br />

contra o vírus influenza.<br />

Colectinas e Ficolinas<br />

As colectinas são uma família de proteínas triméricas e haxaméricas, cada<br />

subunidade contendo uma cauda do tipo colágeno conectada por uma região de<br />

pescoço a uma cabeça de lectina (tipo C) dependente de cálcio. Três membros desta<br />

família servem como moléculas efetoras solúveis no sistema imune inato; estas são<br />

lectinas ligantes de manose (MBL) e proteínas SP-A e SP-D surfactantes pulmonares.<br />

A lectina ligante de manose (MBL), que é um receptor de reconhecimento de<br />

padrão que se liga a carboidratos com manose e fucose terminais, foi discutida<br />

anteriormente em relação à via da lectina da ativação do complemento (Fig. 4-11). A<br />

MBL também pode funcionar como uma opsonina com a ligação e o aumento da<br />

fagocitose de microrganismos. Relembre que as opsoninas se ligam<br />

simultaneamente aos microrganismos e aos receptores da superfície nas membranas<br />

dos fagócitos e, no caso da MBL, o receptor de superfície é chamado de receptor<br />

C1q porque ele também liga a C1q. Esse receptor medeia a internalização dos<br />

microrganismos que são opsonizados pela MBL. O gene que codifica a MBL é

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