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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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posteriormente, em resposta a sinais gerados por um pré-receptor de<br />

antígeno, que seleciona as células que rearranjaram de maneira efetiva o<br />

primeiro conjunto de genes dos receptores de antígenos. A proliferação garante<br />

que um reservatório suficientemente grande de células progenitoras seja gerado para<br />

eventualmente proporcionar um repertório altamente diverso de linfócitos maduros<br />

específicos para antígenos. Em roedores, a citocina interleucina-7 (IL-7) provoca a<br />

proliferação de ambos os progenitores das células B e T; em humanos, a IL-7 é<br />

necessária para a proliferação dos progenitores das células T, mas não para<br />

progenitores na linhagem B. A IL-7 é produzida por células do estroma na medula<br />

óssea e por células epiteliais e outras células no timo. Camundongos com mutações<br />

específicas no gene da IL-7 ou no gene do receptor da IL-7 apresentam uma<br />

maturação defeituosa dos precursores de linfócitos para além dos estágios iniciais e,<br />

como resultado, deficiências profundas nas células T e B maduras. As mutações da<br />

cadeia γ comum, uma proteína que é compartilhada por receptores de diversas<br />

citocinas, incluindo IL-2, IL-7 e IL-15, dentre outras, dão origem a um distúrbio de<br />

imunodeficiência em humanos denominado imunodeficiência combinada grave<br />

ligada ao X (X-SCID) (Cap. 21). Esta doença é caracterizada por um bloqueio no<br />

desenvolvimento das células T e células NK, mas com desenvolvimento normal das<br />

células B, refletindo a necessidade da IL-7 no desenvolvimento das células T em<br />

humanos e da IL-15 para as células NK.<br />

A maior expansão proliferativa de precursores de linfócitos ocorre após o rearranjo<br />

efetivo dos genes que codificam uma das duas cadeias do receptor de antígenos das<br />

células T ou B, produzindo um pré-receptor de antígenos (descrito posteriormente).<br />

Os sinais gerados por pré-receptores de antígenos são responsáveis por uma<br />

expansão muito maior dos linfócitos em desenvolvimento do que citocinas como IL-7.<br />

Epigenética, MicroRNAs e Desenvolvimento<br />

de Linfócitos<br />

Muitos eventos nucleares no desenvolvimento de linfócitos são regulados<br />

por mecanismos epigenéticos. A epigenética refere-se aos mecanismos que<br />

controlam a expressão de genes (bem como o rearranjo de genes no<br />

desenvolvimento de linfócitos) que vão além da sequência concreta de DNA em<br />

genes individuais. O DNA existe em cromossomos ligados fortemente a histonas e<br />

proteínas não histonas, formando o que é conhecido como cromatina. O DNA na<br />

cromatina é enrolado em torno de um núcleo de proteína de octâmeros de histonas,<br />

formando estruturas chamadas de nucleossomos, que podem estar bem separados<br />

de outros nucleossomos ou compactados densamente. A cromatina pode, então,<br />

existir na forma de estruturas compactadas de maneira frouxa, denominadas<br />

eucromatina, em que os genes estão disponíveis e são transcritos, ou como<br />

estruturas muito compactas, denominadas heterocromatina, em que os genes são

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