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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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algumas bactérias, bem como para a função da barreira epitelial mucosa. De<br />

acordo com o descrito nos Capítulos 2 e 4, as células linfoides inatas não expressam<br />

TCRs, mas subpopulações dessas células se assemelham a subpopulações de<br />

células T auxiliares considerando as citocinas que secretam. As células linfoides<br />

inatas do grupo 3 secretam IL-17 e IL-22, similarmente às células TH17. Essas<br />

citocinas induzem aumento da função de barreira da mucosa intestinal por<br />

estimularem a produção de muco e defensinas e por aumentarem a função das<br />

junções de oclusão do epitélio. As citocinas também aumentam o transporte de IgA<br />

para o lúmen intestinal, que é um componente essencial da imunidade adaptativa no<br />

intestino, discutido posteriormente.<br />

Imunidade Adaptativa no Trato Gastrintestinal<br />

O sistema imune adaptativo no trato gastrintestinal tem características que são distintas<br />

das funções imunes adaptativas em outros sistemas orgânicos.<br />

• A principal forma de imunidade adaptativa no intestino é a imunidade<br />

humoral direcionada aos microrganismos no lúmen, que evita que<br />

organismos comensais e patógenos colonizem e invadam a barreira epitelial<br />

mucosa. Esta função é mediada pelos anticorpos IgA diméricos que são<br />

secretados para o lúmen do intestino ou, no caso de lactentes, a IgA que é<br />

secretada no colostro e no leite materno e ingerida pelo bebê. Quantidades<br />

significativas de anticorpos IgG e IgM também estão presentes no lúmen intestinal e<br />

contribuem para a imunidade humoral nesse local.<br />

• A resposta imune celular protetora dominante é mediada por células<br />

efetoras TH17, que correspondem à maior parte da subpopulação de células T<br />

efetoras encontrada na mucosa intestinal.<br />

• O principal mecanismo para controle das respostas no intestino é a ativação<br />

das células T regulatórias (Treg). O sistema imune adaptativo no intestino deve<br />

suprimir continuamente as respostas imunes potenciais aos antígenos alimentares<br />

e antígenos de microrganismos comensais para prevenir reações inflamatórias<br />

que poderiam comprometer a barreira mucosa. Em nenhum outro local do corpo,<br />

existe um comprometimento do sistema imune tão extenso para manter a<br />

tolerância a antígenos estranhos. Algumas subpopulações de Treg são mais<br />

abundantes nos tecidos linfoides associados à mucosa (MALT) do que em outros<br />

órgãos linfoides.<br />

Agora abordaremos as características especiais da imunidade adaptativa no<br />

sistema gastrintestinal, incluindo organização anatômica, apresentação de antígenos,<br />

homing e diferenciação de linfócitos, bem como a distribuição de anticorpos para o<br />

lúmen.<br />

Anatomia Funcional do Sistema Imune Adaptativo no Trato

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