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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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T. Os timócitos cujos receptores não reconhecem moléculas de MHC próprio morrem<br />

por uma via padrão de apoptose; este fenômeno é chamado de morte por<br />

negligência (Fig. 8-18). Assim, a seleção positiva assegura que as células T sejam<br />

restritas ao MHC próprio.<br />

Durante a transição das células duplo-positivas para positivas simples, os<br />

timócitos com TCRs restritos ao MHC classe I tornam-se CD8 + CD4 - , e as<br />

células com TRCs restritos ao MHC classe II tornam-se CD4 + CD8 - . As células T<br />

duplo-positivas imaturas expressam TCRs que podem reconhecer o MHC próprio<br />

classe I ou classe II. Dois modelos foram propostos para explicar o processo de<br />

comprometimento com a linhagem, que resulta da seleção de quais correceptores<br />

estão corretamente compatíveis com os TCRs que reconhecem uma classe<br />

específica de moléculas de MHC. O modelo estocástico ou probabilístico sugere que<br />

o comprometimento de células T imaturas com qualquer linhagem depende da<br />

probabilidade aleatória de uma célula duplo-positiva se diferenciar em uma célula T<br />

CD4 + ou uma célula T CD8 + . Neste modelo, uma célula que reconhece o MHC<br />

próprio classe I pode diferenciar-se aleatoriamente em uma célula T CD8 + (com o<br />

correceptor apropriado) e sobreviver, ou em uma célula T CD4 + (com o correceptor<br />

errado) que pode deixar de receber sinais de sobrevivência. Neste processo de<br />

diferenciação aleatória para células positivas simples, o correceptor não é compatível<br />

com o reconhecimento da classe correta de moléculas de MHC aproximadamente<br />

metade das vezes.<br />

A visão mais aceita é a de que o processo de comprometimento com a linhagem<br />

relacionado à seleção positiva não é um processo aleatório, mas é conduzido por<br />

sinais específicos que instruem a célula T a se tornar CD4 + ou CD8 + . Modelos de<br />

instrução sugerem que os TCRs restritos ao MHC classe I e pelo MHC classe II<br />

emitem diferentes sinais que induzem ativamente a expressão do correceptor correto<br />

e desligam a expressão do outro correceptor. Sabe-se que células duplamente<br />

positivas passam por um estágio de alta expressão de CD4 e baixa expressão de<br />

CD8. Se o TCR nesta célula for restrito ao MHC de classe I, quando identificar o MHC<br />

classe I adequado e o peptídio próprio, ele receberá um sinal fraco porque os níveis<br />

do correceptor CD8 serão baixos e, além disso, o CD8 associa-se em menor<br />

extensão à tirosinoquinase Lck do que o CD4. Estes sinais fracos ativam fatores de<br />

transcrição, tais como Runx3, que mantêm o fenótipo de células T CD8 + por meio da<br />

regulação da expressão de CD8 e de fatores de transcrição inferiores, e<br />

comprometem a célula T CD8 + a se tornar um linfócito T citotóxico após a maturação<br />

completa e ativação por antígeno. Por outro lado, se o TCR da célula for restrito ao<br />

MHC classe II, quando identificar o MHC classe II, receberá um sinal mais forte porque<br />

os níveis de CD4 serão elevados e o CD4 associa-se relativamente bem à Lck. Estes<br />

sinais fortes ativam o fator de transcrição GATA3, o que compromete as células a se

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