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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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100 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

a Deus. Sendo os fiéis os únicos dotados <strong>de</strong> percepção espiritual<br />

para reconhecerem a mão divina, o profeta lhes fala em particular.<br />

E, se consi<strong>de</strong>rarmos quão frios e insensíveis são os homens neste<br />

exercício religioso, não julgaremos como supérflua a reiteração do<br />

convite a louvar a Deus. Todos reconhecemos que somos criados<br />

para louvar o nome <strong>de</strong> Deus, enquanto, ao mesmo tempo, sua glória<br />

é <strong>de</strong>srespeitada por nós. Apatia tão criminosa é con<strong>de</strong>nada com justiça<br />

pelo profeta, visando incitar-nos ao zelo incansável <strong>de</strong> louvar a<br />

Deus. A repetição da exortação no sentido <strong>de</strong> que O louvemos <strong>de</strong>ve<br />

ser consi<strong>de</strong>rada uma referência tanto à perseverança quanto ao ardor<br />

neste exercício. Se alguns preferem enten<strong>de</strong>r a expressão servos<br />

<strong>de</strong> Jehovah como uma referência aos levitas, aos quais se confiava a<br />

incumbência da celebração dos louvores <strong>de</strong> Deus, na vigência da lei,<br />

não me oponho muito a isso, contanto que não excluam o resto dos<br />

fiéis sobre os quais Deus havia <strong>de</strong>signado os levitas como lí<strong>de</strong>res e<br />

regentes <strong>de</strong> música, para que Ele fosse louvado por todo seu povo,<br />

sem exceção. Quando o Espírito Santo se dirige expressamente aos<br />

levitas, em relação ao assunto dos louvores a Deus, o Espírito tenciona<br />

que, por seu exemplo, os levitas mostrem o caminho aos <strong>de</strong>mais<br />

e que toda a Igreja responda em coro santo. Agora, quando todos<br />

nós somos “um sacerdócio real” [1Pe 2.9], e, como Zacarias testifica<br />

[14.21] que sob o reinado <strong>de</strong> Cristo os mais humil<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntre o povo<br />

seriam levitas, não há dúvida <strong>de</strong> que, excetuando os incrédulos, que<br />

são mudos, o profeta nos convida, todos em comum, a prestarmos<br />

este culto a Deus.<br />

2. Bendito seja o nome <strong>de</strong> Jehovah. O profeta confirma o que<br />

mencionei antes, a saber: que os louvores divinos <strong>de</strong>vem ter continuida<strong>de</strong><br />

ao longo <strong>de</strong> todo o curso <strong>de</strong> nossa vida. Se seu nome <strong>de</strong>ve<br />

ser continuamente louvado; pelo menos, esse <strong>de</strong>ve ser nosso ar<strong>de</strong>nte<br />

empenho durante nossa breve peregrinação aqui, tendo sempre<br />

em mente que será muito mais glorioso <strong>de</strong>pois que morrermos. No<br />

versículo seguinte, ele esten<strong>de</strong> a glória do nome <strong>de</strong> Deus a todas as<br />

partes da terra. Em conseqüência disso, nossa apatia seria totalmente

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