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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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450 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

amorreus, e Ogue, rei <strong>de</strong> Basã, e a todos os reinos <strong>de</strong> Canaã.10 E <strong>de</strong>u sua<br />

terra por herança, herança a Israel, seu povo.<br />

8. Ele feriu os primogênitos do Egito. O salmista agora se volve<br />

para aqueles benefícios mais específicos, pelos quais Deus colocou<br />

sua igreja e povo eleito sob a obrigação <strong>de</strong> viver para o seu serviço.<br />

Como ele se dirigiu somente ao povo crente do Senhor, o ponto primordial<br />

<strong>de</strong>stacado como tema <strong>de</strong> louvor é que Deus os adotara <strong>de</strong>ntre<br />

toda a família humana, embora fossem tão poucos em número. Além<br />

disso, havia o fato <strong>de</strong> que Ele se opusera, por amor <strong>de</strong>les, a gran<strong>de</strong>s<br />

reinos e po<strong>de</strong>rosas nações. As prodigiosas obras realizadas por Deus<br />

no Egito e em Canaã foram todas outras provas daquele amor paterno<br />

que Ele nutria para com os israelitas como seu povo escolhido. O<br />

salmista não segue estritamente a or<strong>de</strong>m histórica, ao começar com<br />

uma menção da <strong>de</strong>struição dos primogênitos do Egito. Contudo, isso é<br />

citado como memorável ilustração do gran<strong>de</strong> interesse que Deus tinha<br />

pela segurança <strong>de</strong> seu povo; tão gran<strong>de</strong> era esse interesse, que Ele não<br />

pouparia nem mesmo uma nação po<strong>de</strong>rosa e rica. O objetivo da passagem<br />

é mostrar que Deus, ao libertar seu povo, <strong>de</strong>u um testemunhou<br />

abundante do seu po<strong>de</strong>r e da sua misericórdia.<br />

10. Ele feriu gran<strong>de</strong>s nações. O salmista passa a falar sobre o<br />

objetivo pelo qual Deus os libertara <strong>de</strong> sua escravidão. Ele não tirou<br />

seu povo do Egito e os <strong>de</strong>ixou a vaguear como pu<strong>de</strong>ssem; antes, Deus<br />

os conduziu para estabelecê-los na herança prometida. O salmista<br />

menciona isto como outra prova magistral do favor <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong> sua<br />

incansável bonda<strong>de</strong> para com eles, pois, havendo tirado os filhos <strong>de</strong><br />

Abraão pela mão, Ele os guiou, pelo exercício contínuo <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r,<br />

até introduzi-los na posse da terra prometida. O salmista aproveitou a<br />

ocasião para enaltecer o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus, com base na circunstância <strong>de</strong><br />

que só <strong>de</strong>pois da matança <strong>de</strong> muitos inimigos é que chegaram à posse<br />

10 Cf. Números 21, Deuteronômio 2 e 3, Josué 12.7, etc. Os chefes <strong>de</strong> muitas comunida<strong>de</strong>s pequenas<br />

eram, nos tempos antigos, intitulados reis. Seom e Ogue são particularmente enumerados como homens<br />

<strong>de</strong> uma raça <strong>de</strong> gigantes [Dt 3.11; Am 2.9], que possuíam tamanho e força prodigiosos” – Cresswell.

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