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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 145 • 551<br />

ciará o teu po<strong>de</strong>r. Meditarei na 4 beleza da glória <strong>de</strong> tua excelência e nas<br />

palavras das tuas maravilhosas coisas. Falarão do po<strong>de</strong>r das tuas obras<br />

terríveis, e <strong>de</strong>clararei a tua gran<strong>de</strong>za.<br />

1. Eu te exaltarei, meu Deus e meu Rei. Davi não somente diz o<br />

que ele mesmo faria, mas também encoraja e insiste com todos os outros<br />

sobre o serviço religioso <strong>de</strong> oferecer a Deus os louvores <strong>de</strong>vidos<br />

ao seu nome. O seu propósito em <strong>de</strong>clarar que Deus é benigno para<br />

com os filhos dos homens é induzi-los a cultivarem gratidão piedosa.<br />

Ele insiste na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perseverar nesse exercício, pois, visto<br />

que Deus é constante em esten<strong>de</strong>r suas misericórdias, seria impróprio<br />

<strong>de</strong>sistirmos <strong>de</strong> seus louvores. Como, <strong>de</strong>sse modo, ele dá ao seu<br />

povo novo motivo para louvar a Deus, ele os estimula à gratidão e a<br />

exercitá-la durante todo o curso <strong>de</strong> sua vida. Ao usar o termo diariamente,<br />

ele <strong>de</strong>nota perseverança no exercício. Em seguida, acrescenta<br />

que, se vivesse durante uma sucessão <strong>de</strong> eras, jamais cessaria <strong>de</strong><br />

agir <strong>de</strong>sta maneira. As repetições usadas ten<strong>de</strong>m a enfatizar consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

a sua linguagem. Visto ser provável que o Salmo foi<br />

escrito no tempo em que o reino <strong>de</strong> Davi estava em prosperida<strong>de</strong>,<br />

a circunstância merece nota, a saber: ao chamar a Deus <strong>de</strong> meu Rei,<br />

estava dando a si e aos <strong>de</strong>mais príncipes terrenos o seu lugar apropriado,<br />

não admitindo que alguma distinção terrena interferisse na<br />

glória <strong>de</strong>vida a Deus.<br />

Isto se torna ainda mais claro no versículo seguinte, no qual, ao<br />

falar sobre a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> Deus como imensurável, ele sugere que só<br />

louvamos a Deus corretamente quando nos enchemos e somos dominados<br />

por uma admiração extasiante da imensidão <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r. Essa<br />

admiração se tornará a fonte da qual proce<strong>de</strong>rão nossos justos louvores<br />

rendidos a Ele, <strong>de</strong> acordo com a medida <strong>de</strong> nossa capacida<strong>de</strong>.<br />

4. Geração a geração. Aqui ele insiste na verda<strong>de</strong> geral <strong>de</strong> que<br />

todos os homens foram feitos e são preservados em vida para este<br />

fim: <strong>de</strong>dicarem-se ao louvor <strong>de</strong> Deus. Há um contraste implícito en-<br />

4 “Ou, parleray.” — fr. marg. “Ou, falará <strong>de</strong>.”

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