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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 119 • 189<br />

Satanás o assaltava com este artifício, a fim <strong>de</strong> conduzi-lo ao <strong>de</strong>sespero,<br />

mas ele nos conta que buscou um remédio para isso na meditação<br />

sobre a lei <strong>de</strong> Deus. Aqui somos instruídos que não é raro que os juízes<br />

terrenos oprimam os servos <strong>de</strong> Deus e zombem <strong>de</strong> sua pieda<strong>de</strong>. Se<br />

Davi não pô<strong>de</strong> escapar <strong>de</strong> tal opróbrio, por que, nestes tempos atuais,<br />

esperaríamos melhor? Aprendamos também que nada há mais perverso<br />

do que <strong>de</strong>positar nossa <strong>de</strong>pendência nos juízos humanos, porque,<br />

ao agirmos assim, teremos, necessária e constantemente, <strong>de</strong> enfrentar<br />

vacilação. Descansemos, pois, satisfeitos com a aprovação divina, ainda<br />

que os homens nos difamem sem causa – não só os homens <strong>de</strong> grau<br />

inferior, mas também os próprios juízes, <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>veríamos esperar<br />

imparcialida<strong>de</strong> suprema.<br />

24. Também, os teus testemunhos são o meu <strong>de</strong>leite. A partícula<br />

Apegar- (gam) conecta essa cláusula com o versículo prece<strong>de</strong>nte. גם<br />

nos resolutamente ao nosso propósito, quando o mundo fomenta uma<br />

opinião injusta a nosso respeito, e ao mesmo tempo meditar constantemente<br />

na lei <strong>de</strong> Deus é um exemplo <strong>de</strong> firmeza cristã muito raro entre<br />

nós. O profeta agora nos informa como ele venceu a tentação. Teus<br />

testemunhos, diz ele, são o meu <strong>de</strong>leite. “Ainda que a injustiça cruel dos<br />

homens, ao acusarem-me falsamente, me entristeça e me aborreça, o<br />

prazeroso <strong>de</strong>leite que tenho em tua lei é uma recompensa suficiente<br />

para tudo isso.” Acrescenta ainda que os testemunhos <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>le,<br />

pelo que <strong>de</strong>vemos enten<strong>de</strong>r que o salmista não se fiava simplesmente<br />

em seus próprios juízos, e sim buscava conselho na palavra <strong>de</strong> Deus.<br />

Esse ponto <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado com atenção, visto percebermos<br />

quão cega afeição predomina nas diretrizes das vidas humanas. On<strong>de</strong><br />

os homens avarentos buscam conselho, senão no princípio errôneo<br />

que têm adotado, <strong>de</strong> que as riquezas são superiores a todas as coisas<br />

própria realida<strong>de</strong>? Por que o homem ambicioso aspira tanto o adquirir<br />

po<strong>de</strong>r, senão porque ele julga que nada se equipara a manter uma<br />

condição honrosa no mundo? Não nos surpreen<strong>de</strong> o fato <strong>de</strong> que os<br />

homens vivem tão lamentavelmente <strong>de</strong>sorientados, visto que se entregam,<br />

sem reservas, às diretrizes <strong>de</strong>sses maus conselheiros. Guiados

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