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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 120<br />

Cântico dos Degraus<br />

Se admitimos que Davi foi o autor <strong>de</strong>ste Salmo, como é bem provável,<br />

ele <strong>de</strong>clara quão diligentemente se engajava na prática da oração,<br />

quando, para escapar da cruelda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saul, peregrinava como exilado<br />

<strong>de</strong> um lugar para outro. Ele se queixa especialmente dos perversos<br />

informantes, que injusta e caluniosamente o acusavam <strong>de</strong> crimes dos<br />

quais era totalmente inocente. Se alguém prefere uma suposição diferente,<br />

a linguagem será <strong>de</strong> uma queixa simples e geral contra os falsos<br />

relatos. Este salmo e os quatorze subseqüentes são chamados <strong>de</strong> <strong>Salmos</strong><br />

dos Degraus. Todavia, não existe nem mesmo entre os eruditos<br />

hebreus concordância quanto à razões por que são assim chamados.<br />

Alguns acham que havia quinze <strong>de</strong>graus que davam acesso à parte do<br />

templo <strong>de</strong>signada aos homens, enquanto as mulheres permaneciam<br />

embaixo. 1 Esta, porém, é uma conjectura absurda, para a qual não há<br />

1 Esta opinião foi mantida pelo rabino Davi Kimchi. Ele assevera que os <strong>Salmos</strong>, intitulados<br />

Cânticos <strong>de</strong> Ascensão ou Degraus, foram assim intitulados porque os levitas cantavam um <strong>de</strong>les<br />

em cada um dos quinze <strong>de</strong>graus que, diz ele, separavam o átrio das mulheres do átrio dos homens,<br />

no templo <strong>de</strong> Salomão. Calvino, com razão, caracteriza isso como uma “conjetura absurda”;<br />

e essa explanação é hoje rejeitada <strong>de</strong> um modo geral. Jebb, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> expor várias das soluções<br />

imaginadas para o título <strong>de</strong>stes <strong>Salmos</strong>, observa: “Já não é mais necessário insistir sobre estas<br />

noções e menos sobre aquela fábula judaica mencionada pelo rabino Davi, a fábula <strong>de</strong> que estes<br />

<strong>Salmos</strong> eram cantados na subida dos quinze <strong>de</strong>graus, os quais se imaginava conduziam <strong>de</strong> um dos<br />

átrios exteriores do templo para o dos levitas. Na história, ou na tradição autêntica, não se encontra<br />

sequer um traço <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>graus, os quais <strong>de</strong>vem sua construção unicamente à fantasia acomodatícia<br />

dos rabinos, que, conforme seu costume, imaginavam fatos para endossar suas teorias<br />

preconcebidas” – Jebb’s Literal Translation of the Psalms, with Dissertations, volume 2. Uma objeção

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