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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 130 • 407<br />

como seu Libertador. A sentença seguinte se refere a esta verda<strong>de</strong>.<br />

8. Ele redimirá Israel <strong>de</strong> todas as suas iniqüida<strong>de</strong>s. Aqui, o<br />

salmista aplica mais estritamente à Igreja o que dissera no versículo<br />

anterior. Ele conclui que não <strong>de</strong>vemos duvidar que Deus, cujo po<strong>de</strong>r é<br />

capaz <strong>de</strong> salvar por meios múltiplos, provará ser o Libertador do povo<br />

ao qual escolhera. Com estas palavras, o salmista nos ensina que, se<br />

temos evidência <strong>de</strong> que pertencemos ao número dos adotados por<br />

Deus, também <strong>de</strong>vemos ter como certa a nossa salvação. A intenção<br />

<strong>de</strong>le po<strong>de</strong> ser explicada <strong>de</strong> um modo mais familiar, nestes termos:<br />

como redimir é o ofício permanente <strong>de</strong> Deus, e como Ele não é o Re<strong>de</strong>ntor<br />

<strong>de</strong> todos os homens, indiscriminadamente, e sim tão-somente<br />

<strong>de</strong> seu povo eleito, não há razão para a apreensão <strong>de</strong> que os fiéis não<br />

emergirão <strong>de</strong> suas calamida<strong>de</strong>s, pois, se fosse <strong>de</strong> outro modo, Deus<br />

cessaria <strong>de</strong> realizar o ofício que reivindica para Si mesmo.<br />

O salmista reitera o sentimento do versículo anterior, ou seja:<br />

se Israel, com toda humilda<strong>de</strong>, se aproximar <strong>de</strong> Deus, rogando-lhe<br />

perdão, seus pecados não servirão <strong>de</strong> obstáculo no caminho <strong>de</strong> Deus<br />

em seu ofício <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>ntor. Embora a palavra hebraica עון (Avon)<br />

expresse às vezes o castigo contra o pecado, também possui uma<br />

referência tácita à culpa. Sempre que Deus promete um alívio da punição,<br />

ele dá, ao mesmo tempo, certeza <strong>de</strong> que perdoará os pecados;<br />

ou melhor, ao oferecer aos pecadores uma reconciliação gratuita, ele<br />

lhes promete perdão. Segundo esta opinião, o salmista afirma que<br />

Ele redimirá sua Igreja, não do cativeiro babilônico, nem da tirania e<br />

opressão dos inimigos, nem da penúria, nem, em suma, <strong>de</strong> qualquer<br />

outro problema, e sim do pecado; pois, enquanto Deus não perdoar<br />

os pecados dos homens aos quais Ele aflige, não é possível nutrir<br />

esperança <strong>de</strong> livramento.<br />

Aprendamos <strong>de</strong>sta passagem <strong>de</strong> que maneira forma <strong>de</strong>vemos esperar<br />

o livramento <strong>de</strong> todas as calamida<strong>de</strong>s ou a or<strong>de</strong>m que <strong>de</strong>vemos<br />

observar para alcançá-lo. A remissão <strong>de</strong> pecados sempre vem em primeiro<br />

lugar; sem a remissão dos pecados, nada virá como resultado<br />

favorável. Aqueles que só <strong>de</strong>sejam livrar-se da punição são como tolos

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