31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

602 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

1. Louvai a Deus em seu santuário. Este Salmo enaltece o culto espiritual<br />

a Deus, que consiste em sacrifícios <strong>de</strong> louvor. Quanto ao termo<br />

santuário, há pouca dúvida <strong>de</strong> que ele se refere ao céu, como é freqüente<br />

em outras passagens. A segunda sentença é exegética, pois repete a<br />

mesma idéia. Contudo, em lugar <strong>de</strong> santuário lemos רקיע (rekia), isto é,<br />

a expansão do céu; a isso se adiciona o epíteto po<strong>de</strong>r, porque ali temos<br />

uma prova do po<strong>de</strong>r inigualável <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> modo que não po<strong>de</strong>mos<br />

olhar para os céus sem nos extasiarmos em admiração. No tocante a<br />

esta interpretação <strong>de</strong> alguns: Louvai a Deus, vós, anjos que habitais os<br />

céus, e vós, homens que morais sob o firmamento –, afirmamos que ela<br />

é forçada e não natural; pois o salmista, para <strong>de</strong>spertar os homens que<br />

se tornam tardios nos louvores a Deus, convida-os a erguerem seus<br />

olhos ao santuário celestial. A fim <strong>de</strong> que a majesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus seja<br />

<strong>de</strong>vidamente reverenciada, o salmista O representa como a presidir<br />

<strong>de</strong> seu trono celestial. E amplia essa mesma verda<strong>de</strong> no versículo 2,<br />

celebrando o po<strong>de</strong>r e a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> Deus, os quais Ele colocou à nossa<br />

observação nos céus, que são como um espelho em que essas virtu<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Deus po<strong>de</strong>m ser contempladas. Se queremos manter <strong>de</strong>sperta<br />

a nossa mente para se engajar nesse serviço religioso, meditemos no<br />

po<strong>de</strong>r e na gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> Deus, pois isso dissipará com rapi<strong>de</strong>z toda<br />

insensibilida<strong>de</strong>. Ainda que a nossa mente nunca assimile toda essa<br />

imensidão, prová-la nos afetará profundamente. Deus não rejeitará os<br />

louvores que oferecermos <strong>de</strong> acordo com a nossa capacida<strong>de</strong>.<br />

3. Louvai-o ao som da trombeta. Não insisto quanto às palavras<br />

hebraicas que expressam instrumentos musicais. Permita-me o leitor<br />

apenas lembrar que este salmo menciona diferentes e variados tipos<br />

<strong>de</strong> instrumentos, utilizados sob a administração da lei, para ensinar,<br />

<strong>de</strong> modo mais enérgico, aos filhos <strong>de</strong> Deus que eles não po<strong>de</strong>m se<br />

aplicar diligentemente ao louvor divino – como se ele lhes or<strong>de</strong>nasse<br />

que aplicassem, <strong>de</strong> modo incansável, todas as suas energias a este<br />

Tinha três ou quatro barras transversais. Era muito usado pelos egípcios em seus cultos religiosos<br />

e foram <strong>de</strong>scobertas várias espécies <strong>de</strong>le, <strong>de</strong> existência antiga.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!