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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 143 • 533<br />

para conosco, pois, ao fazer <strong>de</strong> Si mesmo, em nosso favor, uma oferta<br />

liberal e ao prometer sustentar o relacionamento <strong>de</strong> Pai, Ele oferece o<br />

que os homens chamariam <strong>de</strong> penhor. Esta, conseqüentemente, é uma<br />

espécie <strong>de</strong> obrigação. Mas isso está tão longe <strong>de</strong> implicar qualquer dignida<strong>de</strong><br />

ou mérito <strong>de</strong> nossa parte, que a esperança que nutrimos prova<br />

a nossa insignificância e <strong>de</strong>samparo. A súplica do salmista no sentido<br />

<strong>de</strong> que se lhe abrisse um caminho, a fim <strong>de</strong> andar por ele, se refere às<br />

ansieda<strong>de</strong>s que o <strong>de</strong>ixavam perplexo. Ele dá-nos a enten<strong>de</strong>r que estava<br />

<strong>de</strong>sfalecido, trazido a uma condição <strong>de</strong>sanimadora, incapaz <strong>de</strong> dar um<br />

passo, se Deus não abrisse um caminho, por meio <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r. Dános<br />

a enten<strong>de</strong>r também que todos os <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> sua alma terminavam<br />

em Deus e que buscava o conselho dEle, a fim <strong>de</strong> obter alívio em sua<br />

perplexida<strong>de</strong>.<br />

9. Livra-me, ó Jehovah, dos meus inimigos. Esta oração contém<br />

o mesmo propósito, visto que seus inimigos estavam tão dispostos a<br />

<strong>de</strong>struí-lo, que não lhe <strong>de</strong>ixavam nenhuma saída. Alguns traduzem o<br />

verbo כסיתי (chisithi) por esperar; mas o significado correto é cobrir, e<br />

não me sinto disposto a <strong>de</strong>scartá-lo. A explicação que alguns dão é que<br />

Davi, ao perceber o perigo iminente ao qual se achava exposto, recorreu<br />

ao abrigo da sombra <strong>de</strong> Deus, ocultando-se sob a proteção <strong>de</strong>la.<br />

Esta parece ser uma tradução muito natural, pelo menos prefiro-a à<br />

outra que tem parecido a alguns como sendo por <strong>de</strong>mais engenhosa, a<br />

saber, que Davi, em vez <strong>de</strong> recorrer a vários recursos para trazer alivio<br />

a si mesmo, ficou satisfeito em que Deus fosse inteirado <strong>de</strong> seu caso e<br />

O invocou <strong>de</strong> uma maneira secreta, à parte.<br />

10. Ensina-me para que eu faça a tua vonta<strong>de</strong>. Em seguida, o<br />

salmista se ergue para algo mais elevado, suplicando não somente<br />

livramento das tribulações externas, mas também (e isso é mais<br />

importante ainda) a direção do Espírito <strong>de</strong> Deus, para que não se inclinasse<br />

à direita ou à esquerda e se mantivesse na vereda da retidão.<br />

Este é um pedido que jamais <strong>de</strong>ve ser esquecido, quando as tentações<br />

nos assaltam com gran<strong>de</strong> severida<strong>de</strong>, visto ser peculiarmente<br />

difícil submeter-nos a Deus sem recorrermos a métodos impróprios

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