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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 118 • 149<br />

também neles, nunca entoaremos pronta e sinceramente os louvores<br />

<strong>de</strong> Deus, se Ele não nos conquistar com a doçura <strong>de</strong> sua bonda<strong>de</strong>. De<br />

acordo com isso, em <strong>Salmos</strong> 51.17, vemos que os lábios dos fiéis foram<br />

abertos para louvar a Deus, quando perceberam que Ele era realmente<br />

seu libertador.<br />

Ao restringir seu discurso a Israel e aos filhos <strong>de</strong> Arão, Davi é<br />

guiado por uma consi<strong>de</strong>ração a seus próprios dias, porque, até aquele<br />

tempo, a adoção ainda não se estendia para além daquela nação. Ele<br />

uma usa novamente a or<strong>de</strong>m que observara no Salmo 116, pois, após<br />

exortar os filhos <strong>de</strong> Abraão, os quais tinham se separado dos gentios<br />

pela eleição divina, e os filhos <strong>de</strong> Arão, que, em virtu<strong>de</strong> do sacerdócio,<br />

<strong>de</strong>viam assumir a precedência em conduzir o canto dos salmos,<br />

ele dirige seu discurso aos <strong>de</strong>mais adoradores <strong>de</strong> Deus; porque havia<br />

muitos hipócritas entre os israelitas, os quais, ocupando um lugar na<br />

Igreja, não pertenciam a ela. Isso não é inconsistente com este discurso<br />

<strong>de</strong> Davi, proferido pelo espírito <strong>de</strong> profecia, em referência ao reino<br />

futuro <strong>de</strong> Cristo. Sem dúvida, esse reino se esten<strong>de</strong>ria aos gentios, mas<br />

seus primórdios e primícias estavam entre o povo escolhido <strong>de</strong> Deus.<br />

[vv. 5-9]<br />

Em minha angústia clamei a Deus, e Deus me ouviu e me pôs num lugar espaçoso.<br />

Jehovah está comigo; não temerei o que o homem possa fazer-me.<br />

Jehovah está comigo entre os que me ajudam, e verei meu <strong>de</strong>sejo sobre<br />

meus inimigos. É melhor esperar em Jehovah do que confiar no homem; é<br />

melhor esperar em Jehovah do que confiar em príncipes.<br />

5. Em minha angústia clamei a Deus. Temos aqui uma aplicação<br />

específica, à pessoa <strong>de</strong> Davi, da doutrina que mencionamos antes, com<br />

a qual também está associado o regozijo <strong>de</strong> toda a Igreja, pois em favor<br />

<strong>de</strong> seu bem-estar público Deus fizera provisão, sustentando a Davi.<br />

Por seu exemplo pessoal, Davi fortalece os fiéis, mostrando-lhes que<br />

não <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>sfalecer no dia da adversida<strong>de</strong>. É como se ele quisesse<br />

antecipar uma objeção que po<strong>de</strong>ria surgir na mente dos homens no<br />

momento em que a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus é proclamada: “Por que Ele permite<br />

que seus servos sejam tão dolorosamente oprimidos e afligidos?”

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