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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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588 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

Fogo e saraiva, neve e gelo, ventos procelosos que executam a sua palavra.<br />

Montanhas e todas as colinas, árvores frutíferas e todos os cedros. Animais<br />

selvagens e todos os gados, répteis e voláteis.<br />

7. Louvai a Jehovah. Em seguida, o salmista <strong>de</strong>sce às partes inferiores<br />

do mundo. Embora, ao mesmo tempo, evite a or<strong>de</strong>m exata, ele<br />

mistura aquelas coisas que são produzidas na atmosfera – relâmpagos,<br />

neve, gelo e ventos tempestuosos. Esses <strong>de</strong>viam ter sido colocados na<br />

classe anterior, mas ele se refere à apreensão comum dos homens. O<br />

escopo <strong>de</strong> tudo é que, aon<strong>de</strong> quer que volvamos nossos olhos, nos<br />

<strong>de</strong>paramos com evidências do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus. Em primeiro lugar, ele<br />

fala sobre as baleias; pois, ao mencionar logo em seguida os abismos<br />

ou profun<strong>de</strong>zas, não tenho dúvida <strong>de</strong> que, ao usar a palavra תנינים (tanninim),<br />

ele tinha em mente os peixes do mar, tais como as baleias. É<br />

razoável pensarmos que assuntos pelos quais louvar a Deus <strong>de</strong>veriam<br />

ser extraídos do mar, que contém tantas maravilhas. Em seguida, ele<br />

sobre à saraiva, nevascas e tempesta<strong>de</strong>s, que, conforme ele disse, cumprem<br />

a Palavra <strong>de</strong> Deus; pois não é como resultado do acaso que os<br />

céus se cobrem <strong>de</strong> nuvens, ou que uma única gota <strong>de</strong> chuva cai das<br />

nuvens, ou que os trovões ecoam. Todas essas mudanças <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

da vonta<strong>de</strong> secreta <strong>de</strong> Deus: se Ele mostrará a sua bonda<strong>de</strong> aos filhos<br />

dos homens por regar a terra ou punirá os pecados <strong>de</strong>les por<br />

meio da tempesta<strong>de</strong>, da saraiva ou outras calamida<strong>de</strong>s. A passagem<br />

contém instrução <strong>de</strong> vários tipos, como, por exemplo, a <strong>de</strong> que, ao<br />

pairar a morte, por mais ressequida que esteja a terra <strong>de</strong>vido ao calor<br />

insistente, Deus po<strong>de</strong> enviar imediatamente a chuva que removerá a<br />

seca <strong>de</strong> acordo com o seu prazer. Se, por outro lado, <strong>de</strong>vido às chuvas<br />

incessantes, a semente apodrece no solo ou as colheitas não atingem<br />

a maturida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vemos orar por um tempo saudável. Se o trovão nos<br />

<strong>de</strong>ixa alarmados, somos ensinados a orar a Deus, pois, sendo Ele que<br />

em sua ira envia o trovão, po<strong>de</strong> igualmente acalmar todos os elementos<br />

que se acham em convulsão. E não <strong>de</strong>vemos adotar o ponto <strong>de</strong> vista<br />

mesquinho acerca <strong>de</strong>sta verda<strong>de</strong> advogado por homens irreligiosos, o

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