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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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238 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

mas, se tivermos em mente nossa própria fraqueza, confessaremos<br />

prontamente que a atitu<strong>de</strong> já afirmada não era indigna <strong>de</strong> ser repetida.<br />

Quando somos abalados por conflitos extremos, não somente esquecemos<br />

a lei <strong>de</strong> Deus, mas também a maioria per<strong>de</strong> a coragem mesmo<br />

antes <strong>de</strong> se envolverem no conflito. Por conta disso, esta maravilhosa<br />

virtu<strong>de</strong> do profeta é digna <strong>de</strong> nota especial, ou seja, que, embora quase<br />

reduzido à morte, nunca cessara <strong>de</strong> avivar sua coragem mediante a<br />

meditação contínua na lei. Tampouco é inútil o que ele acrescenta: foi<br />

sobre a terra que seus inimigos quase o consumiram, comunicando a<br />

idéia <strong>de</strong> que, ao se lhe manifestarem os temores da morte, ele elevava<br />

sua mente acima do mundo. Se a fé atinge o céu, será fácil emergir do<br />

<strong>de</strong>sespero.<br />

88. Vivifica-me segundo a tua bonda<strong>de</strong>. Este versículo não contém<br />

nada novo. Em seu início, Davi representa sua vida como que<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da misericórdia <strong>de</strong> Deus, não somente porque ele tinha<br />

consciência da fragilida<strong>de</strong> humana, mas também porque se via diariamente<br />

exposto à morte, em múltiplas formas; ou melhor, porque<br />

estava convencido <strong>de</strong> que, se o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus lhe fosse retirado, se veria<br />

prostrado, como se estivesse morto. Em seguida, ele promete que,<br />

ao ser novamente restaurado à vida, não seria ingrato, mas reconheceria<br />

isso como uma bênção divina, e não somente com a língua, mas<br />

também com a totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua vida. Visto que as várias instâncias<br />

em que Deus nos socorre e nos livra dos perigos são novas vidas, é<br />

razoável que <strong>de</strong>diquemos ao serviço dEle todo o tempo adicional que<br />

nos for concedido neste mundo. Ao ser chamada <strong>de</strong> o testemunho da<br />

boca <strong>de</strong> Deus, a autorida<strong>de</strong> da lei é, por <strong>de</strong>sta apreciação, asseverada<br />

com muita clareza.<br />

[vv. 81-88]<br />

כ<br />

Minha alma <strong>de</strong>sfalece por tua salvação; eu espero na tua palavra. כ Meus olhos têm se ofuscado, esperando por tua promessa; e digo: Quando me<br />

consolarás? כ Pois tenho sido como um odre na fumaça; no entanto, não esqueço<br />

os teus estatutos. כ Quantos são os dias do teu servo? Quando executarás<br />

juízo sobre os meus perseguidores? כ Os soberbos cavaram poços

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