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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 109 • 59<br />

[vv. 28-31]<br />

Eles amaldiçoarão, tu, porém, abençoarás; quando se levantarem, se envergonharão;<br />

teu servo, porém, se regozijará. Meus adversários se vestirão<br />

<strong>de</strong> ignomínia e se cobrirão com sua própria confusão, como com um<br />

manto. Eu louvarei gran<strong>de</strong>mente a Jehovah com minha boca e o exaltarei<br />

no meio dos gran<strong>de</strong>s, 22 porque ele se põe à <strong>de</strong>stra dos pobres, para livrar<br />

sua alma <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nações. 23<br />

28. Eles amaldiçoarão. Os intérpretes estão divididos em suas<br />

opiniões acerca do sentido <strong>de</strong>ssas palavras. Uma classe as traduziria<br />

como a expressão <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo ou vonta<strong>de</strong>: que eles amaldiçoem,<br />

contanto que tu abençoes; que se ergam e sejam vestidos <strong>de</strong> confusão.<br />

Outra classe, com a qual eu concordo <strong>de</strong> bom grado, adota o tempo<br />

futuro do modo indicativo: eles amaldiçoarão, etc. Quem quer que <strong>de</strong>seje<br />

enten<strong>de</strong>r a passagem como que indicando, da parte do salmista,<br />

sua resolução em sofrer e submeter-se às maldições <strong>de</strong> seus inimigos,<br />

não me oponho a essa interpretação. Em minha opinião, os que vêem<br />

as palavras do salmista como uma oração interpretam-nas <strong>de</strong> forma<br />

equivocada, porque Davi, tendo já apresentado suas petições a Deus<br />

e sentindo-se seguro <strong>de</strong> seu favor, parece agora disposto a gloriar-se<br />

no fato <strong>de</strong> que a maldição <strong>de</strong>les não lhe fará nenhum dano. Porque tu,<br />

diz ele, me abençoará. Por esse meio, Davi prova quão pouco e insignificantemente<br />

ele consi<strong>de</strong>rava as ameaças <strong>de</strong> seus inimigos, ainda que<br />

pu<strong>de</strong>ssem assaltá-lo com a peçonha <strong>de</strong> suas línguas e o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> suas<br />

espadas. À luz do exemplo <strong>de</strong> Davi, aprendamos a nutrir a resolução<br />

<strong>de</strong> engajar a Deus em nosso lado, o qual frustra todos os <strong>de</strong>sígnios <strong>de</strong><br />

nossos inimigos e nos inspira com coragem para <strong>de</strong>safiarmos a malícia,<br />

a perversida<strong>de</strong>, a audácia, o po<strong>de</strong>r e a fúria <strong>de</strong>les.<br />

Aliás, é nesse momento que a benignida<strong>de</strong> divina entra em cena,<br />

quando ela bane <strong>de</strong> nossa mente os temores que nutrimos ante às<br />

ameaças do mundo. Portanto, confiando na graça <strong>de</strong> Deus, consi<strong>de</strong>-<br />

22 “Em l’assemblee <strong>de</strong>s grans” – fr. “Na assembléia dos gran<strong>de</strong>s.”<br />

23 “C’est, <strong>de</strong> ceux qui ont jugé et condamne son ame à la mort” – fr. marg. “Isto é, daqueles que<br />

têm julgado e con<strong>de</strong>nado sua alma à morte.”

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