31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Salmos</strong> 127 • 377<br />

humana será suficiente para guardar-nos dos perigos.<br />

2. Ser-te-á inútil apressar-te a levantar cedo. Salomão expressa<br />

com mais clareza que os homens se <strong>de</strong>sgastam e se consomem inutilmente<br />

no trabalho, apressando-se na aquisição <strong>de</strong> riquezas, visto que<br />

estas também são benefícios outorgados exclusivamente por Deus.<br />

Para <strong>de</strong>spertá-los mais eficazmente, ele se dirige a cada homem em<br />

particular. Ele diz: ser-te-á inútil. Ele particulariza dois meios que, conforme<br />

se imagina, contribuem num grau eminente para o acúmulo <strong>de</strong><br />

riquezas. Não é surpreen<strong>de</strong>nte encontrarmos aqueles que acumulam<br />

riquezas em curto prazo, não poupam esforços e consomem noite e<br />

dia em <strong>de</strong>dicarem-se às suas ocupações, mas <strong>de</strong>sfrutam apenas pequena<br />

parte do produto <strong>de</strong> seu labor. Salomão afirma que nem o viver<br />

com poucas <strong>de</strong>spesas nem o ser diligente nos negócios serão, <strong>de</strong> alguma<br />

maneira, benéficos por si mesmos. Tampouco ele nos proíbe <strong>de</strong><br />

praticar a temperança em nossa alimentação e <strong>de</strong> levantar-nos cedo<br />

para realizar nossa ocupação mundana; mas nos instiga a orar e a<br />

invocar a Deus, bem como nos recomenda a gratidão pelas bênçãos<br />

divinas, reduzindo a nada tudo que obscurece a graça <strong>de</strong> Deus. Conseqüentemente,<br />

exerceremos nossa vocação mundana <strong>de</strong> modo correto<br />

quando nossa esperança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r exclusivamente <strong>de</strong> Deus e nosso<br />

sucesso, nesse caso, correspon<strong>de</strong>r aos nossos <strong>de</strong>sejos. Mas, se um homem,<br />

menosprezando a Deus, apressar-se ansiosamente, trará sobre<br />

si mesmo ruína em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> seu caminho precipitado. O <strong>de</strong>sígnio<br />

do profeta não é encorajar os homens a darem vazão à indolência,<br />

<strong>de</strong> modo que não cogitem mais nada durante toda a sua vida, caindo<br />

na indolência e se entregando à ociosida<strong>de</strong>. Antes, o significado <strong>de</strong><br />

Salomão é este: ao executarem o que Deus lhes <strong>de</strong>terminou, os homens<br />

<strong>de</strong>vem começar sempre com oração, invocando o nome <strong>de</strong> Deus<br />

e oferecendo-Lhe seus labores, para que Ele os abençoe.<br />

A expressão o pão <strong>de</strong> dores po<strong>de</strong> ser explicada <strong>de</strong> duas maneiras:<br />

ou <strong>de</strong>notando o que se adquire mediante trabalho duro e exaustivo;<br />

ou o que é comido com inquietu<strong>de</strong> <strong>de</strong> coração, tal como vemos em<br />

pessoas parcimoniosas e mesquinhas, que, ao provarem um bocado

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!