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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 132 • 423<br />

nos pais fracos 8 torceram-na como prova <strong>de</strong> idolatria, como se Davi<br />

ou Salomão or<strong>de</strong>nasse ao povo que erigissem estátuas a Deus e cultuassem-nas.<br />

Agora, quando as cerimônias mosaicas estão abolidas,<br />

adoramos ante o estrado dos pés <strong>de</strong> Deus, ao ren<strong>de</strong>rmos submissão<br />

reverente à sua Palavra e nos erguemos, com base nas or<strong>de</strong>nanças,<br />

para prestar-Lhe um genuíno culto espiritual. Sabemos que Deus<br />

não <strong>de</strong>sce do céu imediatamente ou em seu caráter absoluto e que<br />

seus pés são afastados <strong>de</strong> nós e colocados em um estrado, <strong>de</strong>vemos<br />

ser cuidadosos em subir a Ele por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>graus intermediários.<br />

Cristo é aquele não só em quem os pés <strong>de</strong> Deus repousam, mas em<br />

quem resi<strong>de</strong> toda a plenitu<strong>de</strong> da essência e da glória divinas; e nEle<br />

<strong>de</strong>vemos buscar o Pai. Ele <strong>de</strong>sceu com este propósito: para que subíssemos<br />

ao céu.<br />

8. Levanta-te, ó Jehovah. 9 Linguagem como essa, que convida o<br />

gran<strong>de</strong> Deus, que enche o céu e a terra, a tomar posse <strong>de</strong> um novo lugar<br />

<strong>de</strong> residência, po<strong>de</strong> parecer estranha e grosseira, mas os símbolos<br />

externos da religião <strong>de</strong>signados por Deus são expressos nesses termos<br />

exaltados, a fim <strong>de</strong> atribuir-lhes honra e assegurar-lhes a consi<strong>de</strong>ração<br />

do povo dEle. Se Deus não houvesse instituído nenhum meio <strong>de</strong> comunhão<br />

com ele, e nos chamasse a uma comunicação direta com o<br />

céu, ficaríamos abalados pela gran<strong>de</strong> distância a que nos manteríamos<br />

dEle, e isso interromperia nossa invocação. Portanto, embora nem por<br />

isso Ele mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> lugar, nós o sentimos nos atraindo sensivelmente<br />

para mais perto <strong>de</strong> Si. Foi assim que Ele <strong>de</strong>sceu para o meio <strong>de</strong> seu antigo<br />

povo, através da Arca da Aliança, que Ele <strong>de</strong>signou como símbolo<br />

visível <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r e graça, vivendo entre eles. De acordo com isso, a<br />

segunda sentença do versículo possui caráter exegético, informando<br />

a Igreja que Deus tinha <strong>de</strong> ser entendido como Alguém que fizera uma<br />

8 Boni paterculi – lat.<br />

9 Levanta-te, ó Jehovah eram as palavras que Moisés usava [Nm 10.35] nas jornadas pelo <strong>de</strong>serto,<br />

sempre que a arca se movia; este e os dois versículos seguintes formam uma parte da oração que<br />

Salomão ofereceu a Deus na <strong>de</strong>dicação do templo [2Cr 6.41-42], que po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado o lugar <strong>de</strong><br />

repouso <strong>de</strong> Deus e da arca. A arca é chamada <strong>de</strong> a arca do teu po<strong>de</strong>r – ou seja, o símbolo do teu po<strong>de</strong>r<br />

e majesta<strong>de</strong>. Essa frase se encontra somente neste salmo e na passagem <strong>de</strong> 2 Crônicas.

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