31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Salmos</strong> 138 • 475<br />

salmista sugere que mostraria mais que uma gratidão particular e,<br />

para expor um exemplo diante <strong>de</strong> outras pessoas, submete-se ao preceito<br />

da lei quanto ao santuário. Ele cultuava a Deus espiritualmente,<br />

mas ergueria seus olhos para aqueles símbolos que constituíam<br />

o meio <strong>de</strong>signado para atrair ao alto a mente do povo <strong>de</strong> Deus. O<br />

salmista ressalta a misericórdia e a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus como os objetos<br />

<strong>de</strong> seu louvor, pois, enquanto o po<strong>de</strong>r e a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> Deus<br />

são igualmente dignos <strong>de</strong> enaltecimento, nada possui uma influência<br />

tão sensível a estimular-nos a ações <strong>de</strong> graças como a sua soberana<br />

misericórdia. E, ao falar-nos sobre a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, o salmista<br />

abre a nossa boca para entoar louvores a Ele. Como não po<strong>de</strong>mos<br />

saborear ou, pelo menos, não temos, em nossa alma, qualquer vívida<br />

apreensão da misericórdia divina, senão por meio da palavra, o<br />

salmista menciona a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> ou a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Precisamos<br />

observar particularmente esta união <strong>de</strong> misericórdia com verda<strong>de</strong>,<br />

como tenho observado freqüentemente; pois, por mais que a bonda<strong>de</strong><br />

divina se nos revele em seus efeitos, a nossa insensibilida<strong>de</strong><br />

é tal, que essa bonda<strong>de</strong> nunca penetrará a nossa mente, a menos<br />

que primeiramente a Palavra tenha vindo a nós. A bonda<strong>de</strong> divina<br />

é mencionada em primeiro lugar por ser a única base sobre a qual<br />

Deus se mostra como verda<strong>de</strong>iro em haver obrigado por meio <strong>de</strong> sua<br />

soberana promessa. E sua inaudita misericórdia se evi<strong>de</strong>ncia nisto:<br />

por meio <strong>de</strong>la, Ele <strong>de</strong>tém aqueles que estavam distante dEle e os convida<br />

a se aproximarem, con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ndo-se a falar-lhes <strong>de</strong> maneira<br />

familiar. No fim do versículo, alguns suprem um copulativo e lêem: Tu<br />

tens magnificado o teu nome e a tua palavra acima <strong>de</strong> todas as coisas. 5<br />

Os intérpretes eruditos têm rejeitado isso como sendo uma tradução<br />

pobre; mas eles mesmos têm recorrido ao que consi<strong>de</strong>ro uma inter-<br />

5 De acordo com esse modo <strong>de</strong> traduzir a passagem, כל (cal), a palavra traduzida por todos<br />

é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> שמך (shimcha), a palavra traduzida por teu nome. Mas “Aben Ezra observou<br />

apropriadamente por que ‏,כל nesse caso, teria uma cholem, e não uma Kametz Chateph, que é encontrada<br />

em todas as cópias. Além disso, essa tradução não é apoiada por nenhuma das versões<br />

antigas” – Phillips.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!