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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 119 • 273<br />

envolvidos na transgressão da lei <strong>de</strong> Deus, bem como na perversa conspiração<br />

que quase o mundo inteiro se dispõe a violá-la. À medida que os<br />

perversos, <strong>de</strong> modo ultrajante, se vangloriam, <strong>de</strong>ve aumentar, <strong>de</strong> modo<br />

proporcional, a nossa veneração e amor pela lei <strong>de</strong> Deus.<br />

128. Portanto, tenho estimado todos os teus mandamentos como<br />

totalmente retos. 50 Este versículo e o anterior estão conectados com o<br />

versículo 26; e a conexão po<strong>de</strong> ser realçada pela observação <strong>de</strong> que o<br />

profeta, esperando pacientemente pelos juízos divinos e clamando ar<strong>de</strong>ntemente<br />

em favor <strong>de</strong> sua aflição, subscreveu a lei <strong>de</strong> Deus em cada<br />

artigo e a abraçou sem uma única exceção – e, além disso, pela observação<br />

<strong>de</strong> que odiava todo caminho falso. Literalmente, temos: todos os<br />

mandamentos <strong>de</strong> todos, mas as palavras <strong>de</strong> todos <strong>de</strong>vem referir-se às<br />

coisas, e não às pessoas, como se ele quisesse dizer que aprovava todas<br />

as leis que Deus or<strong>de</strong>nara, tudo quanto elas prescreviam. 51 Uma forma<br />

semelhante <strong>de</strong> expressão ocorre em Ezequiel 44.30: “Todas as oblações<br />

<strong>de</strong> todas as coisas” – isso equivale a “todos os tipos <strong>de</strong> oblações que<br />

os homens oferecem”. O profeta não expôs este pensamento em termos<br />

expressos, sem ter boas razões; pois não há nada a que somos<br />

naturalmente mais inclinados do que a <strong>de</strong>sprezar ou rejeitar tudo que<br />

na lei <strong>de</strong> Deus não nos agrada. Todo ser humano, <strong>de</strong> acordo com este<br />

ou aquele pecado específico que o contamina, <strong>de</strong>sejaria que o mandamento<br />

que proíbe tal pecado fosse retirado da lei. Mas não po<strong>de</strong>mos<br />

fazer, licitamente, qualquer adição à lei ou remover algo <strong>de</strong>la. E, visto<br />

que Deus entreteceu seus mandamentos, por assim dizer, por um laço<br />

sagrado e inviolável, separar qualquer <strong>de</strong>les da totalida<strong>de</strong> é cabalmente<br />

50 Durell traduz assim este versículo: “Visto que tenho estimado todos os teus preceitos, eu<br />

o<strong>de</strong>io....”<br />

51 “Todos os preceitos <strong>de</strong> tudo, isto é, todos os preceitos <strong>de</strong> todas as coisas. Abraço a tua<br />

Palavra revelada sem quaisquer exceções. O salmista <strong>de</strong>clara que aplicava com muita diligência<br />

a sua mente à consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> todos os mandamentos <strong>de</strong> Deus, cujas circunstâncias e ocasiões<br />

foram dados; e observava que eles eram ricos em justiça e santida<strong>de</strong>. Visto que são todos<br />

igualmente justos e santos, ele consi<strong>de</strong>rava injusto, impuro, falso e <strong>de</strong>testável tudo que lhes era<br />

contrário. Hammond observa que ‘a reduplicação da partícula universal כל é enfática, todos, sim<br />

todos’; assim, a seguinte tradução é mais corrente: eu aprovei ‘todos os teus mandamentos, sim,<br />

todos’” – Phillips.

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