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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 119 • 293<br />

latim, <strong>de</strong>ve ser expressa no caso genitivo), exponho a sentença como<br />

que <strong>de</strong>notando que se aproximavam para fazer o mal. Pergunto-me o<br />

que po<strong>de</strong>ria ter movido mover os intérpretes a traduzir: Os perseguidores<br />

se aproximavam ou chegavam perto da iniqüida<strong>de</strong>, pois o idioma<br />

não o admitirá; e isso sem levar em conta o fato <strong>de</strong> que זמה (zimmah)<br />

significa perversida<strong>de</strong> ou malícia, e não iniqüida<strong>de</strong>. Davi disse que<br />

aqueles que eram veementemente inclinados à malícia o perseguiam<br />

bem <strong>de</strong> perto e se precipitavam sobre ele com tal violência, para lhe<br />

fazer mal, que indicavam claramente encontrarem-se distantes da lei<br />

<strong>de</strong> Deus; visto que se achava longe <strong>de</strong>les todo respeito pela retidão e<br />

eqüida<strong>de</strong>. Esta era uma condição muito infeliz para Davi: estar diante<br />

<strong>de</strong> e contemplar seus inimigos, que baniram <strong>de</strong> si todo e qualquer temor<br />

a Deus e reverência para com sua lei, prontos a erguer sua mão<br />

para feri-lo <strong>de</strong> morte, se Deus não estivesse bem perto para <strong>de</strong>fendêlo,<br />

como diz o versículo seguinte.<br />

151. Tu estás perto, ó Jehovah. Ele se anima com a revigorante<br />

consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> que Deus, quando vê seu povo sendo dolorosamente<br />

perseguido, se manifesta oportunamente a propiciar-lhes socorro.<br />

Paulo, falando sobre este tema, afirmou: “Seja a vossa mo<strong>de</strong>ração conhecida<br />

<strong>de</strong> todos os homens. Perto está o Senhor” [Fp 4.5]. A sentença<br />

conclusiva do versículo tem este sentido: Deus nunca abandona nem<br />

<strong>de</strong>saponta seu povo em suas necessida<strong>de</strong>s, porque Ele é fiel em suas<br />

promessas e, por meio <strong>de</strong>las, Ele nos assegura que o bem-estar <strong>de</strong> seu<br />

povo será sempre o objeto <strong>de</strong> seu cuidado. Portanto, para que sejamos<br />

plenamente persuadidos <strong>de</strong> que a mão divina está sempre pronta<br />

a repelir os ataques <strong>de</strong> nossos inimigos, retenhamos a firme convicção<br />

da verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> que, em sua palavra, Ele não promete em vão ser o<br />

guardião <strong>de</strong> nosso bem-estar.<br />

152. Aprendi dos teus testemunhos, 67 <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio. 68 Aqui,<br />

67 “De testimoniis tuis” – lat.<br />

68 A tradução <strong>de</strong> Walford é: “Eu tenho conhecido os teus testemunhos há muito tempo”. A tradução<br />

<strong>de</strong> Phillips é: “De outrora”; e ele explica: “Tenho me familiarizado com os teus testemunhos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que adquiri algum conhecimento, isto é, tão logo eu cheguei aos anos <strong>de</strong> reflexão. ‘Des<strong>de</strong> a

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