31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

252 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

O verda<strong>de</strong>iro método <strong>de</strong> guardar a lei <strong>de</strong> Deus é receber e abraçar, <strong>de</strong><br />

coração, o que Ele or<strong>de</strong>na e, ao mesmo tempo, não permitir que nosso<br />

ardor diminua em seguida, como acontece freqüentemente. Esta é<br />

também a regra própria <strong>de</strong> fazermos juramento, para que nos ofereçamos<br />

a Deus e Lhe <strong>de</strong>diquemos nossa vida.<br />

No entanto, se alguém perguntar se o juramento do profeta não<br />

é con<strong>de</strong>nado como temerário, visto que ele imaginava engajar-se em<br />

fazer muito mais do que a capacida<strong>de</strong> humana permite; pois, quem<br />

é capaz <strong>de</strong> guardar a lei <strong>de</strong> Deus? É possível alguém alegar que o homem<br />

jura temerariamente, prometendo a Deus algo que está além <strong>de</strong><br />

seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cumprir. A resposta é óbvia: sempre que os fiéis juram<br />

a Deus, eles não levam em conta o que são capazes <strong>de</strong> fazer por sua<br />

própria força; antes, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da graça <strong>de</strong> Deus, a quem pertence o<br />

realizar o que Eles mesmo requer <strong>de</strong>les, a fim <strong>de</strong> supri-lhes po<strong>de</strong>r por<br />

meio do seu Espírito Santo; pois, como Paulo afirma em 2Coríntios 3.5:<br />

“Não que, por nós mesmos, sejamos capazes <strong>de</strong> pensar alguma coisa”.<br />

Mas, quando Deus nos esten<strong>de</strong> sua mão, Ele nos convida a nutrir bom<br />

ânimo e promete que nunca nos <strong>de</strong>ixará fracassar. Esta é a fonte da<br />

qual proce<strong>de</strong> a ousadia <strong>de</strong> jurar, aqui mencionada.<br />

Não somos precipitados, quando, confiantes nas promessas <strong>de</strong><br />

Deus, pelas quais Ele nos antecipa, nós Lhe oferecemos nossos serviços.<br />

No obstante, a questão permanece sem solução, pois, embora os filhos<br />

<strong>de</strong> Deus sejam, afinal, vitoriosos sobre todas as tentações, pela graça<br />

do Espírito Santo, há sempre neles alguma <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>. Mas precisamos<br />

observar que os fiéis, ao fazerem seus juramentos e promessas, nutrem<br />

respeito não só por aquele artigo da aliança no qual Deus prometeu que<br />

faria andássemos em seus mandamentos, mas também aquele outro<br />

artigo que é, ao mesmo tempo, adicionado acerca do perdão gratuito<br />

<strong>de</strong> seus pecados [Ez 11.20; 36.27; Sl 103.13]. Davi, segundo a medida<br />

da graça que lhe foi dada, se obrigou por juramento a guardar a lei <strong>de</strong><br />

Deus, encorajado por estas palavras do profeta: “Poupá-los-ei como um<br />

homem poupa a seu filho que o serve” [Ml 3.17].<br />

107. Estou muitíssimo aflito, ó Jehovah. Este versículo ensina

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!