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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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434 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

tantemente e salienta a segurança do povo do Senhor, ainda que não<br />

brilhe a uma gran<strong>de</strong> distância. Naquele tempo, toda a iluminação <strong>de</strong><br />

que se <strong>de</strong>sfrutava não passava <strong>de</strong> uma lâmpada tênue que brilhava<br />

em Jerusalém. Agora, Cristo, o sol da justiça, <strong>de</strong>rrama uma iluminação<br />

plena sobre o mundo inteiro.<br />

18. Vestirei os seus inimigos <strong>de</strong> opróbrio. O salmista já havia dito<br />

que os sacerdotes “serão vestidos com justiça e salvação”; agora os<br />

inimigos <strong>de</strong> Davi são representados como que “vestidos <strong>de</strong> opróbrio”.<br />

Não basta que tudo vá bem <strong>de</strong>ntro da Igreja. Deus tem <strong>de</strong> nos guardar<br />

dos vários danos e males que nos sobrevêm <strong>de</strong> fora. Por isso, temos<br />

esta segunda promessa acrescentada, por meio da qual reconhecemos<br />

com freqüência a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, mais do que nas bênçãos que Ele<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>rramar sobre nós no dia <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong>. Quanto maior é o<br />

medo que se apo<strong>de</strong>ra <strong>de</strong> nós, quando somos expostos à agressão dos<br />

inimigos, tanto mais nos mostramos sensivelmente <strong>de</strong>spertos em confessar<br />

o socorro divino. A passagem nos ensina que a Igreja e o povo<br />

<strong>de</strong> Deus nunca <strong>de</strong>sfrutarão <strong>de</strong> tão elevado grau <strong>de</strong> paz na terra, que<br />

evitarão totalmente o serem atacados pela varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> inimigos que<br />

Satanás instiga a <strong>de</strong>struí-los. Basta-lhes a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> que, sob a autorida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Deus, as tentativas <strong>de</strong>sses inimigos serão frustradas e <strong>de</strong><br />

que, eventualmente, eles se retirarão com ignomínia e <strong>de</strong>sgraça.<br />

A sentença seguinte tem sido interpretada <strong>de</strong> modo variado. O<br />

verbo que temos traduzido por florescer, às vezes significa, na conjugação<br />

Hiphil, ver. Por isso, há aqueles que traduzem assim o versículo:<br />

Naquele lugar será vista a coroa <strong>de</strong> Davi, quando o chifre florescer.<br />

Alguns acham que a palavra se <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> ציף (tsits) — uma lâmina — e<br />

acham que o salmista como queria dizer que a coroa do rei seria resplan<strong>de</strong>cente<br />

com lâminas <strong>de</strong> ouro. Eu consi<strong>de</strong>ro que a coroa é aqui<br />

expressa como que a florescer, assim como antes a alusão foi a brotar<br />

ou a germinar. Por outro lado, Isaías fala [28.5] sobre a coroa dos bêbados<br />

<strong>de</strong> Efraim como uma flor murcha. Assim, este salmo <strong>de</strong>clara que,<br />

por mais frágil que a coroa <strong>de</strong> Davi parecesse em sua posterida<strong>de</strong>, ela<br />

seria revigorada por uma virtu<strong>de</strong> secreta e floresceria para sempre.

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