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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 121 • 333<br />

car a si aquilo que pertencia a toda a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Israel. Além disso,<br />

Deus é chamado uma <strong>de</strong>fesa à tua direita, para ensinar-nos que não há<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> irmos longe em buscar a Deus e que Ele está bem perto,<br />

ou melhor, está ao nosso lado, para nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r.<br />

[vv. 6-8]<br />

O sol não te ferirá <strong>de</strong> dia, nem a lua, <strong>de</strong> noite. 4 Jehovah te guardará <strong>de</strong> todo<br />

o mal; ele guardará a tua alma. Jehovah guardará a tua partida e a tua chegada,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> agora e para sempre.<br />

6. O sol não te ferirá <strong>de</strong> dia. Por meio <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong> expressão,<br />

o salmista magnifica as vantagens que nos resultam <strong>de</strong> termos a Deus<br />

presente conosco; e, por meio <strong>de</strong> sinédoque, ele <strong>de</strong>clara que os fiéis<br />

estarão seguros em todas as adversida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>fendidos como o são<br />

pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus. A linguagem é metafórica: o frio da noite e o calor<br />

do dia <strong>de</strong>notam todo tipo <strong>de</strong> inconveniências. O sentido é que, embora<br />

o povo <strong>de</strong> Deus esteja sujeito, em comum com os <strong>de</strong>mais povos, às<br />

infelicida<strong>de</strong>s da vida humana, a sombra <strong>de</strong> Deus está sempre ao lado<br />

<strong>de</strong>les, a protegê-los, para que não sofram algum dano. Entretanto, o<br />

profeta não promete aos fiéis uma condição <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e conforto<br />

que implica isenção <strong>de</strong> toda dificulda<strong>de</strong>. Com o propósito <strong>de</strong> suavizar<br />

suas dores, ele apenas coloca diante <strong>de</strong>les esta consolação: estando<br />

interessados no favor <strong>de</strong> Deus, estarão seguros <strong>de</strong> todo dano mortal.<br />

Este assunto o salmista amplia mais distintamente nos versículos seguintes,<br />

on<strong>de</strong> nos informa que Deus guarda seu próprio povo <strong>de</strong> todos<br />

4 Parece haver, no primeiro membro <strong>de</strong>ste verso, uma alusão às insolações bastante fatais em<br />

países quentes, infligindo às vezes morte instantânea ou logo seguidas pela morte, enquanto, outras<br />

vezes, quando a pessoa sobrevive, ela passa o resto <strong>de</strong> seus dias em estado <strong>de</strong> idiotice. Comparativamente,<br />

poucos sobrevivem e recuperam perfeitamente os efeitos <strong>de</strong> tal visitação. O que o salmista<br />

preten<strong>de</strong> dizer, com o “molestamento por parte da lua”, não é tão óbvio à primeira vista. Há quem<br />

imagine que ele fala em harmonia com uma crença popular, a qual, supõe-se, prevalecia no Oriente<br />

em seu tempo, como se dá em nossos dias, acerca da influência prejudicial dos raios lunares sobre<br />

o corpo humano. Embora não haja qualquer base para tal crença, a lua, sem dúvida, recebia a culpa<br />

dos danos causados pelo frio e pela umida<strong>de</strong> da noite. Mas a probabilida<strong>de</strong> é que, ao falar sobre o<br />

molestamento por parte da lua, o salmista alu<strong>de</strong> apenas ao frio da noite, o qual tem efeitos nocivos<br />

no metabolismo humano, particularmente em países orientais como a Palestina, on<strong>de</strong> há uma mudança<br />

súbita <strong>de</strong> calor extremo, durante o dia, para frio extremo durante a noite.

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