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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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122 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

opinião <strong>de</strong> que a referência é aos pagãos e aos incircuncisos que ainda<br />

não tinham sido congregados no aprisco. Por parida<strong>de</strong> da razão, po<strong>de</strong>se<br />

inferir que os sacerdotes não são da semente <strong>de</strong> Abraão, porque<br />

são mencionados separadamente. É mais provável que haja nestas<br />

palavras uma tácita correção do que ele dissera antes, pelo que ele<br />

faz distinção entre os genuínos adoradores <strong>de</strong> Deus e os hipócritas<br />

que eram os filhos <strong>de</strong>generados <strong>de</strong> Abraão. Visto que muitos <strong>de</strong>ntre a<br />

semente <strong>de</strong> Abraão, segundo a carne, haviam se apartado da fé <strong>de</strong> seu<br />

pai, o profeta restringe aqui a promessa aos que, tendo-a recebido pela<br />

fé, estavam adorando a Deus em pureza. Agora, percebemos a razão<br />

por que ele se dirigiu primeiramente aos israelitas; em seguida, à casa<br />

<strong>de</strong> Arão; e, <strong>de</strong>pois, aos que temem a Jehovah. É como se uma pessoa<br />

em nossos dias fosse direcionar sua exortação primeiramente a todo<br />

corpo da Igreja; então, dirige-se mais particularmente aos ministros<br />

e mestres, que <strong>de</strong>vem ser exemplos para os <strong>de</strong>mais. E, como muitos<br />

falsamente se apegam à mera posição <strong>de</strong> serem membros da Igreja e,<br />

por isso, não merecem ser classificados com os genuínos adoradores<br />

<strong>de</strong> Deus, o salmista menciona expressamente os adoradores genuínos<br />

<strong>de</strong> Deus, e não os que fingem.<br />

12. Jehovah se lembrou <strong>de</strong> nós. Muitos traduzem o termo abençoar<br />

no pretérito perfeito (ele abençoou), sendo o <strong>de</strong>sígnio do profeta, <strong>de</strong><br />

acordo com esses intérpretes, expor a experiência anterior da bonda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Deus como um encorajamento a que se nutra boa esperança para<br />

o futuro: “Temos sido ensinados, <strong>de</strong> longa experiência, quão valioso é<br />

o favor <strong>de</strong> nosso Deus, porque somente <strong>de</strong>sta fonte tem fluído nossa<br />

prosperida<strong>de</strong>, nossa abundância e nossa estabilida<strong>de</strong>”. O salmista presume<br />

o princípio (a verda<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve ser admitida por todos) <strong>de</strong> que<br />

não <strong>de</strong>sfrutamos prosperida<strong>de</strong> nem felicida<strong>de</strong>, se não pelo beneplácito<br />

<strong>de</strong> Deus em nos abençoar. Sempre que os israelitas eram resgatados<br />

<strong>de</strong> múltiplos perigos, ou socorridos em tempo <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, ou tratados<br />

<strong>de</strong> uma maneira amigável, eles tinham muitas provas palpáveis<br />

da benignida<strong>de</strong> divina para com eles. Entretanto, como não há motivo<br />

justificável que nos leve a mudar o verbo do futuro para o pretérito, se

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