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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 114 • 107<br />

domínio, 7 porque a santa majesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, que até aqui era pouco<br />

conhecida, assegurou a veneração <strong>de</strong> quantos haviam testificado as<br />

manifestações <strong>de</strong> seu incrível po<strong>de</strong>r. Ao libertar seu povo, Deus erigiu<br />

um reino para si e granjeou respeito para o seu santo nome. Se o seu<br />

povo não refletisse, constantemente, um exemplo tão memorável <strong>de</strong><br />

sua bonda<strong>de</strong>, a insensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>les seria totalmente inescusável.<br />

3. O mar viu e fugiu. Ele não enumera em sucessão todos os milagres<br />

que foram operados naquele tempo, mas em termos breves faz alusão<br />

ao mar, que, embora seja um elemento sem vida e insensível, é ferido <strong>de</strong><br />

terror ante o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus. O Jordão fizera o mesmo, e os próprios montes<br />

se abalaram. É numa tensão poética que o salmista <strong>de</strong>screve o recuo<br />

do mar e do Jordão. A <strong>de</strong>scrição não exce<strong>de</strong> os fatos do caso. O mar, ao<br />

prestar tal obediência a seu Criador, santificou o nome dEle; e o Jordão,<br />

por meio <strong>de</strong> sua submissão, ren<strong>de</strong>u honra ao po<strong>de</strong>r dEle; e os montes,<br />

por seu estremecimento, proclamaram como estavam terrificados pela<br />

presença da tremenda majesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Estes exemplos não visam<br />

celebrar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus mais do que o cuidado paternal e o <strong>de</strong>sejo que<br />

Ele manifesta para preservar a Igreja. Conseqüentemente, Israel é mui<br />

apropriadamente distinguido do mar, do Jordão e dos montes – havendo<br />

uma diferença marcante entre o povo eleito e os elementos inanimados.<br />

[vv. 5-8]<br />

Que tiveste, ó mar, que fugiste? E tu, Jordão, que voltaste atrás? Vós, montes,<br />

que saltastes como carneiros? E vós, outeiros, como cor<strong>de</strong>iros do rebanho?<br />

Treme, ó terra, 8 na presença do Senhor, na presença do Deus <strong>de</strong><br />

Jacó, aquele que converteu a rocha em tanques <strong>de</strong> água 9 e o seixo, numa<br />

Abraão nos tempos antigos.<br />

7 Hammond diz: “E Israel, seu po<strong>de</strong>r”, pois ele enten<strong>de</strong> que Israel era um exemplo do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

Deus e que Ele, em seu agir a favor <strong>de</strong> Israel, <strong>de</strong>clarou magistralmente a sua onipotência.<br />

8 Street traduz assim: “A terra estava em dores”. “Todas as versões antigas”, diz ele, “têm aqui<br />

o pretérito perfeito. Somente o Targum concorda com a presente redação, se, <strong>de</strong> fato, isso é um<br />

modo imperativo. Pois não vejo por que חולי não possa ser um particípio passivo com um yod<br />

adicionado a ele, visto que ההפכי po<strong>de</strong> ser um particípio ativo com a mesma adição”.<br />

9 Hammond traduz: “Num lago <strong>de</strong> água”. “O אגם ‏,”מים observa ele, “é mais bem traduzido um<br />

lago <strong>de</strong> água, em razão <strong>de</strong> sua abundância; conseqüentemente, a Caldaica traduz לאריתה (num rio);<br />

e, assim, o salmista <strong>de</strong>screve expressamente o ‘jorrar das águas da rocha’, as quais corriam pelos

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