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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 132 • 425<br />

já nos referimos, não faz qualquer menção <strong>de</strong> justiça, e sim <strong>de</strong> salvação<br />

[2 Cr 6.41]. Tenho apresentado reiteradamente a razão por que<br />

os santos <strong>de</strong> Deus são chamados חסידים (chasidim) ou misericordiosos,<br />

porque a misericórdia ou a beneficência é aquela graça que nos torna<br />

mais semelhantes a Deus.<br />

[vv. 10-12]<br />

Por amor <strong>de</strong> Davi, teu servo, não faças retroce<strong>de</strong>r o rosto <strong>de</strong> teu Cristo.<br />

Jehovah jurou a Davi, em verda<strong>de</strong>, e não se <strong>de</strong>sviará disto: do fruto <strong>de</strong> teu<br />

ventre eu porei em teu trono. Se os teus filhos guardarem a minha aliança<br />

e os meus testemunhos, os quais lhes ensinarei, os seus filhos também se<br />

assentarão em teu trono para sempre.<br />

10. Por amor <strong>de</strong> Davi, teu servo. Alguns conectam a primeira parte<br />

do versículo com o anterior. Não mencionarei as razões contrárias<br />

a isso, pois o leitor ficaria imediatamente chocado se este versículo<br />

fosse unido ao anterior. Antes <strong>de</strong> entrarmos na explanação do significado<br />

do salmista, posso apenas dizer que haveria um sentido forçado,<br />

se as palavras fossem entendidas assim: <strong>de</strong>sviar o rosto <strong>de</strong> teu Cristo –<br />

privando-nos <strong>de</strong> uma visão do Re<strong>de</strong>ntor. Po<strong>de</strong>mos inferir com certeza,<br />

com base na oração <strong>de</strong> Salomão, que as palavras expressam a súplica<br />

para que Deus mostrasse favor ao rei. A mesma expressão é empregada<br />

por Bate-Seba na súplica que fez a seu filho Salomão: “Não voltes a<br />

tua face”, significando que ele não a expulsasse <strong>de</strong> sua presença [1Rs<br />

2.20]. É uma expressão equivalente a mostrar <strong>de</strong>sprazer; e po<strong>de</strong>mos dizer<br />

uma palavra ou duas em referência a ela, porque a outra idéia, a <strong>de</strong><br />

aplicar as palavras a nosso Re<strong>de</strong>ntor, é plausível e po<strong>de</strong> confundir as<br />

pessoas <strong>de</strong> pouco discernimento. Portanto, estas palavras nada mais<br />

significam do um pedido <strong>de</strong> que Deus não <strong>de</strong>sprezasse ou rejeitasse as<br />

orações que Davi havia proferido em nome <strong>de</strong> todo o povo. Pe<strong>de</strong>-se favor<br />

por amor a Davi, tão-somente porque Deus fizera uma aliança com<br />

ele. No que concerne a esse privilégio, Davi não ocupava a posição<br />

<strong>de</strong> qualquer homem comum. A oração, em suma, visava rogar a Deus<br />

que se lembrasse <strong>de</strong> sua promessa, mostrando favor à posterida<strong>de</strong>

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