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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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466 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

or<strong>de</strong>nado em seu templo. Os levitas haviam sido estabelecidos no ministério<br />

<strong>de</strong> cântico e li<strong>de</strong>ravam o povo nesse exercício <strong>de</strong>vocional. Se<br />

alguém perguntar como teriam levado consigo suas harpas da terra natal.<br />

Po<strong>de</strong>mos dizer que isso é outra prova, mencionada pelo salmista,<br />

<strong>de</strong> sua fé e pieda<strong>de</strong> fervorosa; pois os levitas, quando <strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong><br />

todas os seus bens, preservaram as harpas, no mínimo, como peças <strong>de</strong><br />

mobília preciosa, para se <strong>de</strong>dicarem, quando tivessem oportunida<strong>de</strong>,<br />

ao uso <strong>de</strong> outrora. É possível presumirmos que aqueles que realmente<br />

temiam a Deus mantinham elevado apreço pelas peças antigas do culto<br />

divino e <strong>de</strong>monstraram gran<strong>de</strong> cuidado em preservá-lo até à época<br />

<strong>de</strong> sua restauração. 4<br />

Ao mencionar os salgueiros, o salmista <strong>de</strong>nota a beleza das praias,<br />

que eram arborizadas com salgueiros, para produzir refrigério. Mas o<br />

salmista diz que essas sombras, por mais <strong>de</strong>leitosas que fossem, não<br />

podiam dissipar a tristeza que estava tão profundamente arraigada<br />

para que admitia as consolações ou refrigério comuns. Visto que se assentavam<br />

às margens dos rios protegidas pelas sombras das árvores,<br />

esse era justamente o lugar em que podiam ser tentados a tomar suas<br />

harpas e amenizar, com cânticos, suas tristezas. Mas o salmista sugere<br />

que a mente <strong>de</strong>les estava ferida <strong>de</strong>mais com o senso do <strong>de</strong>sprazer do<br />

Senhor, para se <strong>de</strong>ixarem enganar com fontes tão fúteis <strong>de</strong> conforto.<br />

Ele avança ainda mais e dá a enten<strong>de</strong>r que uma alegria boa e santa<br />

estava suspensa nessa ocasião. Pois, embora não fosse certo nem pru<strong>de</strong>nte<br />

encorajar a tristeza <strong>de</strong>les, não <strong>de</strong>vemos admirar que o canto<br />

dos louvores em público tenha sido suspenso até ao regresso <strong>de</strong>les do<br />

cativeiro, chamados como o foram, pelos castigos divinos, a prantear<br />

e lamentar.<br />

3. Então, aqueles que nos levaram cativos. Po<strong>de</strong>mos estar certos<br />

<strong>de</strong> que os israelitas eram tratados com cruel severida<strong>de</strong> na bárbara<br />

tirania a que se viram sujeitos. E a pior aflição <strong>de</strong> todas era que seus<br />

4 “É provável que os levitas [Ed 2.40-41], que eram os cantores e os músicos do templo, houvessem<br />

levado consigo suas harpas para Babilônia e que seus dominadores, ouvindo sobre a habilida<strong>de</strong><br />

dos levitas na música, tenham exigido que tocassem um exemplo daquela música” – Cresswell.

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