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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 140 • 507<br />

como um exemplo da vingança divina, para aterrorizar os perversos. E<br />

Judas [v. 7] <strong>de</strong>clara que, por meio <strong>de</strong>sse exemplo <strong>de</strong> importância eterna,<br />

Deus prestou testemunho <strong>de</strong> que seria o Juiz <strong>de</strong> todos os ímpios.<br />

Alguns traduzem assim as palavras seguintes: tu os lançarás no fogo, o<br />

que é possível. Contudo, às vezes ב (beth), no hebraico, <strong>de</strong>nota instrumentalida<strong>de</strong>;<br />

conseqüentemente, po<strong>de</strong>mos traduzir assim as palavras:<br />

Tu os humilharás por meio do fogo ou com fogo, tal como o enviara<br />

contra Sodoma e Gomorra. O salmista ora para que sejam mergulhados<br />

nos poços profundos, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> jamais se erguerão. Às vezes, Deus<br />

sara aqueles que feriu com gran<strong>de</strong> severida<strong>de</strong>. Davi frustra os réprobos<br />

quanto à esperança <strong>de</strong> perdão, reconhecendo que eles estavam<br />

longe da recuperação. Houvessem eles se mostrado dispostos ao arrependimento,<br />

Deus teria se inclinado à misericórdia.<br />

[vv. 11-13]<br />

O homem [vir] <strong>de</strong> língua não se estabelecerá na terra; o mal perseguirá o<br />

homem [vir] 10 <strong>de</strong> violência, até que seja banido. Eu sei que Deus cumprirá<br />

o juízo do pobre, o juízo do aflito. Com certeza, os justos louvarão o teu<br />

nome; os retos habitarão diante <strong>de</strong> tua face.<br />

11. O homem <strong>de</strong> língua. 11 Alguns entenda isso como o homem<br />

loquaz, mas esse sentido é restrito <strong>de</strong>mais. Também não se refere ao<br />

homem tagarela, acusador, fútil e gabola, e sim ao homem <strong>de</strong> virulência,<br />

que guerreia com frau<strong>de</strong> e calúnia, mas não abertamente. Isso é<br />

evi<strong>de</strong>nte do que foi dito a respeito da outra classe <strong>de</strong> pessoas na parte<br />

subseqüente da sentença, ou seja, que seus inimigos eram dados à<br />

violência, bem como à perfídia e à astúcia – como o leão e o lobo –,<br />

pois antes ele se queixara <strong>de</strong> que a peçonha da áspi<strong>de</strong> ou víbora estava<br />

<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> seus lábios. As palavras transcorrem no tempo futuro; e<br />

muitos intérpretes as estruturam na forma optativa ou numa súplica.<br />

sentenças. é a palavra traduzida por homem em ambas as איש 10<br />

11 “Um homem <strong>de</strong> língua, isto é, <strong>de</strong> língua má, um caluniador ou <strong>de</strong>trator” – Phillips. Há uma<br />

versão que traz a frase “um mau orador”. E a paráfrase Caldaica tem “o homem <strong>de</strong> <strong>de</strong>tração, com<br />

uma língua <strong>de</strong> três pontas”, porque essa pessoa fere três <strong>de</strong> uma só vez — o que recebe, o que<br />

permite e a si mesma.

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