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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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454 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

planada em outro lugar, não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> insistirmos neste ponto;<br />

e a repetição po<strong>de</strong> tornar-se enfadonha ao leitor. Portanto, mostrarei<br />

apenas, em poucas palavras, qual é o alvo do salmista. Repreen<strong>de</strong>ndo a<br />

estupi<strong>de</strong>z dos pagãos, por imaginarem que não podiam ter a Deus perto<br />

<strong>de</strong> si, se não recorressem ao culto aos ídolos, o salmista lembra aos<br />

israelitas a sublime misericórdia que haviam <strong>de</strong>sfrutado e <strong>de</strong>seja que<br />

mantenham <strong>de</strong>liberadamente, em simplicida<strong>de</strong> e pureza, o culto <strong>de</strong>vido<br />

a Deus e evitem as superstições profanas. Ele <strong>de</strong>clara que os idólatras<br />

atraem para si somente juízos mais severos, por mais zelosos sejam no<br />

culto prestado aos ídolos. E não há dúvida <strong>de</strong> que, ao <strong>de</strong>nunciar os terríveis<br />

juízos que sempre sobrevêm aos adoradores <strong>de</strong> ídolos, o objetivo<br />

do salmista é impedir, no máximo possível, com a autorida<strong>de</strong> da Palavra<br />

<strong>de</strong> Deus, que os israelitas sigam o exemplo dos pagãos. Em <strong>Salmos</strong> 115,<br />

a exortação ministrada é que o povo recorra à confiança ou esperança<br />

no Senhor; neste salmo, a exortação é que aprendam a bendizê-Lo. Os<br />

levitas são mencionados em adição à casa <strong>de</strong> Arão, havendo duas or<strong>de</strong>ns<br />

<strong>de</strong> sacerdócio. Quanto ao mais, os dois <strong>Salmos</strong> gira em torno da<br />

mesma idéia, exceto que, no último versículo, o salmista aqui se une,<br />

com o restante do povo <strong>de</strong> Deus, a bendizer a Deus.<br />

O salmista disse: Des<strong>de</strong> Sião, pois Deus prometeu ouvir daquele<br />

lugar as orações <strong>de</strong> seu povo e comunicar-lhes, a partir dali, a rica<br />

exibição <strong>de</strong> seu favor. Por isso, o salmista apresentou-lhes boas razões<br />

para louvá-Lo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Sião. 16 E a razão é <strong>de</strong>clarada: Ele habita em<br />

Jerusalém. Isso não <strong>de</strong>ve ser entendido no sentido fútil e grosseiro <strong>de</strong><br />

que Deus se achava confinado em alguma residência medíocre, e sim<br />

no sentido <strong>de</strong> que Ele se achava ali para uma manifestação visível <strong>de</strong><br />

seu favor, pois a experiência mostrava que, embora sua majesta<strong>de</strong> seja<br />

<strong>de</strong> tal proporção que enche os céus e terra, seu po<strong>de</strong>r e graça eram<br />

outorgados <strong>de</strong> um modo particular a seu próprio povo.<br />

16 “Quant et quant aussi il donnoit occasion et matiere <strong>de</strong> luy chanter louanges” – fr.

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