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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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46 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua culpa, pois, indubitavelmente, o Espírito Santo não<br />

anunciaria contra eles um castigo tão grave e pesado por uma ofensa<br />

trivial. Ao entregar como <strong>de</strong>spojo a proprieda<strong>de</strong> 14 aos extorsionários,<br />

Davi <strong>de</strong>ve ser entendido como aludindo à pobreza que foi imposta aos<br />

filhos <strong>de</strong>sse ímpio, pois não está falando <strong>de</strong> uma pessoa pobre e carente<br />

que em sua morte nada po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar à sua família, e sim <strong>de</strong> alguém<br />

que, indiferente ao que seja justo ou injusto, acumula riquezas para<br />

enriquecer a seus filhos, mas <strong>de</strong> quem Deus retira os bens tomados<br />

injustamente <strong>de</strong> outros.<br />

[vv. 12-16]<br />

Não haja ninguém que lhe estenda misericórdia e ninguém que se apie<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> seus órfãos. Que sua posterida<strong>de</strong> seja eliminada; que seu nome seja<br />

apagado da geração seguinte. Que a iniqüida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus pais seja lembrada<br />

diante <strong>de</strong> Jehovah; e que o pecado <strong>de</strong> sua mãe não seja apagado. Que<br />

estejam diante <strong>de</strong> Jehovah continuamente, e que ele elimine da terra seu<br />

memorial, 15 porque esqueceu <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar misericórdia e perseguiu o<br />

aflito, o pobre e o <strong>de</strong> coração contristado, para o matar.<br />

12. Não haja ninguém que lhe estenda misericórdia. Continuar<br />

<strong>de</strong>monstrando humanida<strong>de</strong> e misericórdia é, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com o<br />

idioma hebraico, equivalente a atos constantes e sucessivos <strong>de</strong> bonda<strong>de</strong>.<br />

Às vezes, também <strong>de</strong>nota pieda<strong>de</strong> ou ser movido à simpatia,<br />

quando, ao longo dos anos, a ira é aplacada e mesmo a calamida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

alguém abranda o coração da pessoa que nutria ódio por ele. 16 Conseqüentemente,<br />

há quem entenda esta cláusula no sentido <strong>de</strong> que não<br />

haverá ninguém que <strong>de</strong>monstrará bonda<strong>de</strong> para com a prole <strong>de</strong>sse<br />

ímpio. Essa interpretação está <strong>de</strong> acordo com a sentença seguinte do<br />

versículo. Davi, contudo, inclui o próprio ímpio com seus filhos, como<br />

se dissesse: Ainda que visivelmente se <strong>de</strong>finhe sob tais calamida<strong>de</strong>s,<br />

e estas <strong>de</strong>sçam sobre seus filhos, ninguém <strong>de</strong>monstrará pieda<strong>de</strong> para<br />

14 “Quand il donne les biens en proye aux exacteurs” – fr.<br />

15 “Tarnovius diz que a passagem não trata <strong>de</strong> toda memória, mas apenas <strong>de</strong> uma memória<br />

honrosa” – Phillips.<br />

16 “Et mesmes la calamite <strong>de</strong> quelqu’un amollit le ceur <strong>de</strong> celuy qui luy portoit haine” – fr.

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