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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 119 • 289<br />

teus estatutos. ק A ti eu invoquei: Salva-me, e eu guardarei os teus testemunhos.<br />

ק Eu antecipei o cair da noite 62 e clamei: Eu consultei a tua palavra. ק Meus olhos anteciparam as vigílias para meditar em tua palavra. ק Ouve a<br />

minha voz, ó Jehovah, segundo a tua misericórdia; vivifica-me segundo o<br />

teu juízo. ק Os perseguidores da malícia têm se aproximado; eles se separaram<br />

da tua lei. ק Tu estás perto, ó Jehovah; e todos os teus mandamentos<br />

são verda<strong>de</strong>. ק Aprendi dos teus testemunhos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio, que os<br />

estabeleceste para sempre.<br />

145. Bra<strong>de</strong>i <strong>de</strong> todo o meu coração: Respon<strong>de</strong>-me. Este versículo<br />

<strong>de</strong>ve ser lido e conectado <strong>de</strong> tal modo, que no final <strong>de</strong>le o salmista<br />

mostre o que <strong>de</strong>sejava ao clamar. 63 Assim, o significado po<strong>de</strong>ria ser<br />

que, como se encontrava inflamado por intenso <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> guardar<br />

a lei, ele fazia súplicas contínuas a Deus sobre esse assunto. Mas o<br />

versículo subseqüente nos compele a assumir um ponto <strong>de</strong> vista diferente,<br />

pois ali se reitera, sem dúvida, a mesma coisa. O profeta pe<strong>de</strong><br />

que Deus o ouça. E, ao falar <strong>de</strong> sua gratidão, ele promete guardar os<br />

mandamentos <strong>de</strong> Deus. Ele usa apenas o termo in<strong>de</strong>finido clamar; assim,<br />

ele não expressa o que as orações continham, quando as oferecia<br />

a Deus. Ele mostra somente que, enquanto os filhos <strong>de</strong>ste mundo se<br />

<strong>de</strong>ixam distrair por uma multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> objetos, ele dirigia todas as<br />

afeições <strong>de</strong> seu coração exclusivamente a Deus, porquanto <strong>de</strong>pendia<br />

unicamente dEle. Como o mundo é compelido a reconhecer que Deus<br />

é o autor <strong>de</strong> todas as coisas boas, muitas orações formais proce<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong>sse princípio. Foi a consi<strong>de</strong>ração disso que levou Davi a afirmar que<br />

orava <strong>de</strong> todo o seu coração. Quando ele tivesse obtido seus rogos, então<br />

proporia a si mesmo a glória <strong>de</strong> Deus como sua finalida<strong>de</strong> última,<br />

resolvendo <strong>de</strong>dicar-se com mais ar<strong>de</strong>nte afeição à obra <strong>de</strong> servi-Lo.<br />

Embora Deus <strong>de</strong>clare que é servido corretamente pelo sacrifício do<br />

louvor, Davi, para distinguir-se dos hipócritas que profanavam o nome<br />

<strong>de</strong> Deus por meio <strong>de</strong> seus louvores fingidos e mecânicos, <strong>de</strong>clara com<br />

62 A palavra que Calvino usa para “o cair da noite” é “crepusculum”.<br />

63 Segundo este ponto <strong>de</strong> vista, a última sentença <strong>de</strong>ve ser lida: “Para que eu guar<strong>de</strong> os teus<br />

estatutos”.

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