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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 110 • 75<br />

rém, ofereceu pão e vinho, não como um sacrifício a Deus, e sim como<br />

alimento a Abraão, para revigorá-lo em sua marcha. Na Santa Ceia não<br />

há uma oferenda <strong>de</strong> pão e vinho, como erroneamente imaginam, e sim<br />

uma participação mútua <strong>de</strong>la entre os fiéis. Quanto à passagem em análise,<br />

a similitu<strong>de</strong> se refere principalmente à perpetuida<strong>de</strong> do sacerdócio<br />

<strong>de</strong> Cristo, como é óbvio da partícula לעולם (leolam), isto é, para sempre.<br />

Melquise<strong>de</strong>que é <strong>de</strong>scrito por Moisés como se fosse um indivíduo<br />

celestial; e Davi, conseqüentemente, ao instituir a semelhança entre<br />

Cristo e Melquise<strong>de</strong>que, se propõe a realçar a perpetuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu ofício<br />

sacerdotal. Disso concluímos (um ponto focalizado pelo apóstolo)<br />

que, como a morte não interceptou o exercício <strong>de</strong> seu ofício, Ele não tem<br />

sucessor. Esta circunstância <strong>de</strong>monstra o maldito sacrilégio da missa<br />

papista, porque, se os sacerdotes papistas assumirem a prerrogativa <strong>de</strong><br />

efetuar reconciliação entre Deus e os homens, terão <strong>de</strong> <strong>de</strong>spir a Cristo<br />

da honra peculiar e distintiva que seu Pai lhe conferira.<br />

[vv. 5-7]<br />

O Senhor, à tua direita, 14 fez em pedaços os reis, no dia da sua ira. Ele julgará<br />

entre os pagãos, encherá todos <strong>de</strong> ruínas, quebrará a cabeça <strong>de</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> país. Ele beberá da torrente no caminho e, por isso, erguerá sua<br />

cabeça às alturas.<br />

14 “O Senhor, à tua direita. Neste Salmo, é evi<strong>de</strong>nte, no versículo 1, que יהוה é o título <strong>de</strong> Deus<br />

Pai, bem como no versículo 4; e ‏,אדני o título do Messias, Deus Filho, o título que se refere àquela<br />

dignida<strong>de</strong>, domínio e po<strong>de</strong>r régio aos quais Ele seria exaltado, em sua ascensão, quando ‘ao nome<br />

<strong>de</strong> Jesus todo joelho’ <strong>de</strong>veria se dobrar”. Isto é expresso no versículo 1 pelo assentar <strong>de</strong> Cristo à<br />

direita <strong>de</strong> Deus, pelo que o apóstolo, em 1 Coríntios 15.25, registra: “Convém que ele reine”. Deste<br />

fato é evi<strong>de</strong>nte que, neste versículo, “O Senhor, à tua direita” <strong>de</strong>ve ser entendido como sendo o<br />

Messias instalado em seu po<strong>de</strong>r régio à direita <strong>de</strong> seu Pai, e não como sendo o Pai no papel <strong>de</strong> seu<br />

, para apoiá-Lo e ajudá-Lo, tal como essa expressão é usada em <strong>Salmos</strong> 16.8 e outras<br />

passagens. Pois, acerca do Filho exaltado, sabemos em João 5.22 que “o Pai entregou ao Filho todo<br />

julgamento”. É <strong>de</strong> acordo com isso que este “Adonai” ou “Senhor, à direita <strong>de</strong> Jehovah, ferirá os reis<br />

no dia da sua ira”; isto é, efetuará vinganças, severamente, sobre os opositores <strong>de</strong> seu reino. No<br />

Novo Testamento, essas vinganças são atribuídas peculiarmente a Cristo e <strong>de</strong>nominadas “a vinda do<br />

Filho do Homem, vindo nas nuvens, vindo na companhia <strong>de</strong> seus anjos, e a aproximação ou a vinda<br />

<strong>de</strong> seu reino” – Hammond. Neste versículo 5, o salmista faz uma súbita apóstrofe a Jehovah. Horsley<br />

se sente inclinado a entregar-se a conjeturas, com as quais Kennicott também parece entreter-se, <strong>de</strong><br />

que a palavra יהוה (Jehovah) foi perdida do texto ante à palavra original traduzida por à tua direita e<br />

que a passagem <strong>de</strong>veria ser redigida assim: “O Senhor, à tua direita, ó Jehovah!”

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