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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 145 • 555<br />

bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus mediante uma fé viva. Acerca dos perversos, lemos:<br />

“Para que <strong>de</strong>sejais vós o dia do Se n h o r? É dia <strong>de</strong> trevas e não <strong>de</strong> luz”<br />

[Am 5.18]. Vemos com que palavras severas Naum os ameaça no início<br />

<strong>de</strong> sua profecia. Havendo-se referido à linguagem usada na passagem<br />

<strong>de</strong> Moisés, Naum acrescenta imediatamente, em contrapartida, para<br />

impedi-los <strong>de</strong> se animarem por ela, que Deus é um juiz rígido e severo,<br />

terrível e inexorável [Nm 1.3]. Portanto, aqueles que têm provocado a<br />

Deus à ira, por meio <strong>de</strong> seus pecados, <strong>de</strong>vem assegurar-se do favor <strong>de</strong><br />

Deus, crendo.<br />

9. Jehovah é bom para com todos. A verda<strong>de</strong> aqui afirmada tem<br />

uma aplicação mais ampla do que a primeira, pois a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

Davi tem este sentido: Deus, com indulgência e clemência paternais,<br />

não somente perdoa o pecado, mas também é bom para com todos<br />

sem discriminação, visto que faz o seu sol nascer sobre os bons e sobre<br />

os maus [Mt 5.45]. O perdão dos pecados é um tesouro do qual os<br />

perversos estão excluídos, mas seu pecado e <strong>de</strong>pravação não impe<strong>de</strong>m<br />

a Deus <strong>de</strong> exibir sua bonda<strong>de</strong> sobre eles, da qual se apropriam<br />

sem sentir por ela qualquer afeição. No entanto, os crentes, e somente<br />

eles, sabem o que é essa bonda<strong>de</strong>; por isso, <strong>de</strong>sfrutam <strong>de</strong> um Deus<br />

reconciliado, como lemos em outro salmo: “Contemplai-o e sereis iluminados,<br />

e o vosso rosto jamais sofrerá vexame. Provai e ve<strong>de</strong> que o<br />

Se n h o r é bom” [Sl 34.5, 8]. Quando ele acrescenta que a misericórdia <strong>de</strong><br />

Deus se esten<strong>de</strong> a todas as suas obras, isso não <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado<br />

como contrário à razão ou obscuro. Havendo nossos pecados envolvido<br />

o mundo inteiro na maldição divina, em toda parte há oportunida<strong>de</strong><br />

para o exercício da misericórdia divina, inclusive em socorrer a criação<br />

irracional.<br />

10. Todas as tuas obras. Embora muitos não proclamem os louvores<br />

<strong>de</strong> Deus, mantendo um silêncio perverso a respeito <strong>de</strong>les, Davi<br />

<strong>de</strong>clara que esses louvores resplan<strong>de</strong>cem por toda parte, surgem por<br />

si mesmos e ressoam, por assim dizer, por meio do silêncio das criaturas.<br />

Ele ressalta a obra especial <strong>de</strong> <strong>de</strong>clará-los aos crentes, que têm<br />

olhos para perceber as obras <strong>de</strong> Deus e sabem que não po<strong>de</strong>m ser mais

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