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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 149 • 593<br />

a harpa; cantem-lhe salmos. Porque Jehovah tem se agradado <strong>de</strong> seu povo;<br />

ele glorificará os pobres para a salvação.<br />

1. Cantai a Jehovah um cântico novo. Este imperativo comprova<br />

o que acabo <strong>de</strong> dizer, ou seja, que a exortação ministrada é dirigida<br />

exclusivamente ao povo <strong>de</strong> Deus, pois a bonda<strong>de</strong> singular que lhes foi<br />

estendida <strong>de</strong> modo particular proporciona o mais amplo motivo <strong>de</strong><br />

louvor. A conjetura provável é que o Salmo foi composto no tempo em<br />

que o povo passou a regozijar-se <strong>de</strong>pois que voltou a sua terra natal, ao<br />

<strong>de</strong>ixar o cativeiro babilônico. Com base no contexto, veremos que há<br />

uma promessa <strong>de</strong> restauração <strong>de</strong> sua condição arruinada. O objetivo<br />

do salmista, creio eu, é encorajá-los a esperar o pleno e completo livramento,<br />

cujo prelúdio foi súbita e inesperadamente dado na permissão<br />

<strong>de</strong> regresso. Como a Igreja não foi restaura imediata e completamente,<br />

mas somente com dificulda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> longo período é que ela foi<br />

conduzida a um estado <strong>de</strong> vigor, um conforto como esse era muito<br />

necessário. O Espírito <strong>de</strong> Deus também forneceria um remédio para os<br />

males que se manifestariam mais tar<strong>de</strong>, pois foi com dificulda<strong>de</strong> que<br />

a Igreja passou a respirar, quando foi novamente assaltada por vários<br />

males e oprimida pela tirania <strong>de</strong> Antíoco, que foi seguida por uma terrível<br />

dispersão. Portanto, o salmista tinha motivo justo em animar os<br />

piedosos a buscarem a plena concretização da misericórdia <strong>de</strong> Deus,<br />

para que fossem persuadidos da proteção divina, até que chegasse o<br />

tempo do Messias, para o ajuntamento <strong>de</strong> todo o Israel.<br />

Ele chama este salmo <strong>de</strong> um novo cântico, como já observamos<br />

egípcia e européia] e, agora, é muito comum na Ásia Oci<strong>de</strong>ntal. Somos informados que a estrutura<br />

era <strong>de</strong> metal ou <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e que a pele <strong>de</strong> jumento era geralmente empregada para a cobertura.<br />

Nem sempre eram tocados pela mão <strong>de</strong>snuda; mas algumas vezes eram golpeados com pequenos<br />

bastões ou com um pequeno chicote cheio <strong>de</strong> nós e com muitas tiras; no lugar <strong>de</strong>ste, nas festas<br />

particulares, às vezes se empregava um ramo <strong>de</strong> alguma árvore ou planta, consi<strong>de</strong>rada própria<br />

para a ocasião” – Illustrated Commentary upon the Bible. O pan<strong>de</strong>iro é, evi<strong>de</strong>ntemente, <strong>de</strong> origem<br />

oriental. À luz <strong>de</strong> sua referência em Gênesis 31.27, on<strong>de</strong> תף é traduzida por “tamboril”, apren<strong>de</strong>mos<br />

que ele era conhecido no tempo <strong>de</strong> Jacó, isto é, época anterior à existência das gran<strong>de</strong>s<br />

nações européias da antigüida<strong>de</strong>; e tanto os gregos como os romanos confessavam que seus instrumentos<br />

<strong>de</strong>ssa classe se <strong>de</strong>rivaram dos egípcios e sírios. Ver volume 3, p. 32, nota 2.

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