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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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438 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

qual apostataram, com base nesses termos seríamos chamados a ren<strong>de</strong>r<br />

graças a Deus e, nesse ínterim, obrigados a receber em nossos<br />

âmbito fraternal todos os que alegremente se submetem ao Senhor.<br />

Devemos opor-nos àqueles espíritos turbulentos que o diabo jamais<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> suscitar na Igreja e mostrar-nos diligentes em manter boa<br />

relação com aqueles que <strong>de</strong>monstram uma disposição dócil e tratável.<br />

Não po<strong>de</strong>mos esten<strong>de</strong>r esta comunhão aos que persistem obstinadamente<br />

no erro, visto que para recebê-los como irmãos teríamos <strong>de</strong><br />

renunciar Aquele que é o Pai <strong>de</strong> todos e <strong>de</strong> quem todo relacionamento<br />

espiritual se origina. A paz que Davi recomenda é tal que começa na<br />

verda<strong>de</strong>ira Cabeça; e isto é, em si mesmo, suficiente para refutar a<br />

infundada acusação <strong>de</strong> cisma e divisão que os papistas têm lançado<br />

contra nós, enquanto temos dado ampla evidência <strong>de</strong> nosso <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

que se juntem a nós na verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, a qual é o único vínculo da<br />

união santa.<br />

3. Como o ungüento precioso sobre a cabeça. Temos aqui uma<br />

prova clara <strong>de</strong> que Davi, como acabamos <strong>de</strong> dizer, afirma que toda a verda<strong>de</strong>ira<br />

união entre os irmãos tem sua origem em Deus e que o legítimo<br />

objeto <strong>de</strong>ssa união é que todos sejam conduzidos ao culto <strong>de</strong>dicado a<br />

Deus em pureza e invoquem seu nome com consenso. A comparação<br />

teria sido emprestada da unção sagrada, se não visasse <strong>de</strong>notar que<br />

a religião <strong>de</strong>ve sempre ocupar o primeiro lugar? 7 Insinua-se assim que<br />

qualquer concórdia insinua prevalecente entre os homens é insípida<br />

se não for permeada pelo doce sabor do culto a Deus. Mantemos, pois,<br />

que os homens <strong>de</strong>vem ser unidos entre si, em afeição mútua, tendo<br />

isto como seu gran<strong>de</strong> objetivo: sejam congregados sob o governo <strong>de</strong><br />

Deus. Se há alguém que discor<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses termos, <strong>de</strong>vemos nos opor<br />

energicamente a essa pessoa, em vez <strong>de</strong> granjearmos a paz às custas<br />

da honra <strong>de</strong> Deus. Temos <strong>de</strong> sustentar que, ao mencionar o sacerdote,<br />

o intuito do salmista é sugerir que a concórdia tenha sua origem no<br />

7 “Car a quel propos tireroit-il ceste similitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> l’huile sacree, sinon a ceste fin que la vraye<br />

religion tiene tousjours le premier lieu?” – fr.

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