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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 122 • 337<br />

com aqueles que me disseram, <strong>de</strong>duz-se este significado: <strong>de</strong>leito-me na<br />

companhia dos que me induzem ao serviço <strong>de</strong> Deus e se oferecem a<br />

mim como companheiros, para juntos irmos ao santuário. Mas, à luz<br />

do segundo versículo, será mais óbvio que a alegria <strong>de</strong> que fala Davi<br />

procedia <strong>de</strong> ver ele o povo manifestando a obediência da fé e dando<br />

seu consentimento ao oráculo celestial a respeito do local escolhido<br />

para ser a habitação legítima e permanente da Arca da Aliança. Pois,<br />

em seguida, ele diz:<br />

2. Nossos pés estarão firmes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> teus portões, ó Jerusalém!<br />

No texto hebraico, o verbo está no pretérito, o qual não seria<br />

impróprio reter; mas, como faz pouca diferença, quanto ao significado,<br />

adotar uma ou outra redação, não tenho dificulda<strong>de</strong> em <strong>de</strong>ixar que<br />

meus leitores façam sua própria escolha. Davi emprega a linguagem<br />

com a qual todos os piedosos se expressavam – que, por fim, <strong>de</strong>veriam<br />

permanecer com segurança em Jerusalém, porque era a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Deus estabelecer ali seu santuário, que até àquele momento mudava<br />

seu local <strong>de</strong> permanência e era carregado <strong>de</strong> um lado para outro. Por<br />

meio <strong>de</strong>sse estado <strong>de</strong> peregrinação da arca, Deus lembrava ao povo<br />

que não fora sem motivo que falara pelos lábios <strong>de</strong> Moisés aquilo sobre<br />

o que acabamos <strong>de</strong> advertir. Assim, sempre que Arca da Aliança<br />

era levada <strong>de</strong> um lugar para outro, Deus estimulava os corações <strong>de</strong><br />

seus servos a <strong>de</strong>sejarem e a orarem por um local fixo <strong>de</strong>signado para<br />

ela. Além disso, esse estabelecimento <strong>de</strong> um lugar permanente para a<br />

arca não era algo insignificante. Como ela estava freqüentemente mudando<br />

seu lugar <strong>de</strong> permanência, a fé do povo ficava em suspense.<br />

Assim, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> haver Deus escolhido para ela uma residência permanente,<br />

por meio disso Ele testificou, <strong>de</strong> modo inequívoco, que seria<br />

para sempre o imutável Protetor <strong>de</strong> seu povo. Portanto, não é surpresa<br />

encontrarmos os fiéis reconhecendo com gratidão que seus pés, que<br />

estavam acostumados a andar <strong>de</strong> um lugar para outro, doravante permaneceriam<br />

firmes no interior <strong>de</strong> Jerusalém.<br />

É verda<strong>de</strong> que a arca há muito tempo permanecia em Siló [1Sm<br />

1.3], mas, como Deus não havia feito nenhuma promessa a respeito

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