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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 120 • 327<br />

pre houve paz. E vai mais além e assevera que, ao vê-los inflamados<br />

<strong>de</strong> ressentimento contra ele, fazia tudo para pacificá-los e trazê-los <strong>de</strong><br />

volta à boa compreensão. Pois, nesta passagem, falar é equivalente a<br />

propiciar condições <strong>de</strong> paz num espírito amigável ou tentar a reconciliação.<br />

Deste fato, torna-se mais evi<strong>de</strong>nte quão selvagem e brutal era a<br />

soberba dos inimigos <strong>de</strong> Davi, visto que <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhavam até <strong>de</strong> falar com<br />

ele – falar com um homem que merecera o bem <strong>de</strong> suas mãos e nunca,<br />

em qualquer aspecto, os prejudicara. Somos instruídos, por esse<br />

exemplo, que não basta os fiéis absterem-se <strong>de</strong> prejudicar os outros;<br />

<strong>de</strong>vem, além disso, fazer tudo para atraí-los com mansidão e inclinálos<br />

à boa vonta<strong>de</strong>. Uma vez rejeitadas a mo<strong>de</strong>ração e a bonda<strong>de</strong>, eles<br />

<strong>de</strong>vem esperar pacientemente, até que Deus se manifeste <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o céu<br />

como Protetor <strong>de</strong>les. No entanto, lembremos que, se Deus não esten<strong>de</strong>r<br />

imediatamente sua mão em nosso favor, nosso <strong>de</strong>ver é suportar<br />

a fadiga ocasionada pela <strong>de</strong>mora, como Davi, que encontramos neste<br />

Salmo dando graças a Deus por seu livramento, enquanto, ao mesmo<br />

tempo, como que extenuado <strong>de</strong> cansaço em aguardá-lo, lamenta a longa<br />

opressão à qual seus inimigos lhe sujeitaram.

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