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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 109 • 41<br />

filhos fiquem órfãos e sua esposa, viúva. E 8 que seus filhos perambulem<br />

sem qualquer habitação fixa, que sejam pedintes e busquem pão fora <strong>de</strong><br />

seus lugares <strong>de</strong>solados. 9 Que o extorsionário 10 se apo<strong>de</strong>re 11 <strong>de</strong> tudo quanto<br />

lhe pertença, e os estranhos <strong>de</strong>spojem seu labor.<br />

6. Põe sobre ele um ímpio. 12 Até aqui o salmista apresentou sua<br />

se ele o consi<strong>de</strong>rasse um substantivo, e não um adjetivo; porém, é duvidoso que um adjetivo pertença<br />

a ימיו (seus dias). A expressão <strong>de</strong>nota que o homem aqui mencionado não viva um período<br />

completo, mas que tenha um encontro prematuro com a morte, ou violentamente pelas mãos <strong>de</strong><br />

outro, ou por suas próprias mãos, como foi o caso <strong>de</strong> Judas. Uma morte extemporânea às vezes<br />

é mencionada no Antigo Testamento como uma punição sobre pessoas gravemente culpadas.<br />

‘Homens sanguinários e fraudulentos não chegarão à meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus dias’ [ Sl 55.23]. Ver também<br />

Provérbios 10.27. Esta passagem é aplicável não só a Judas, mas também aos ju<strong>de</strong>us em geral;<br />

pois, após a crucificação <strong>de</strong> nosso Senhor, seus dias foram poucos; logo per<strong>de</strong>ram a posse <strong>de</strong><br />

seu país e se tornaram proscritos <strong>de</strong> sua terra” – Phillips. Horsley também explica esta expressão<br />

como sendo os dias da comunida<strong>de</strong> judaica, os quais foram bem poucos após a ascensão <strong>de</strong> nosso<br />

Senhor; e a sentença subseqüente, como <strong>de</strong>notando que “a Igreja cristã se tornou a <strong>de</strong>positária da<br />

revelação, que era responsabilida<strong>de</strong> particular da raça judaica”.<br />

8 “Os versículos 10 e 11 fazem alusão ao estado dos ju<strong>de</strong>us em sua dispersão, que não tinham<br />

um lar fixo” – Horsley.<br />

9 Hoursley traduz este versículo assim: “Que seus filhos sejam meros vagabundos e mendiguem;<br />

Que sejam arrebatados das próprias ruínas <strong>de</strong> suas habitações”.<br />

“Em lugar <strong>de</strong> ‏,”ידרשו diz ele, “a Septuaginta tem יגרשו (‘que sejam tirados’). Houbigant e Secker<br />

aprovam esta redação. A imagem é esta: vagabundos, em busca <strong>de</strong> um refúgio miserável por entre<br />

ruínas <strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong>molidos e <strong>de</strong>struídos, não conseguiam permanecer sossegados nem mesmo<br />

em tais lugares”.<br />

10 “Literalmente, ‘o que empresta’ ou ‘credor’. Mas, à luz da insensibilida<strong>de</strong> dos ju<strong>de</strong>us em<br />

relação a seus credores, da qual temos exemplos em 2 Reis 4.1 e Neemias 5.1-14, a palavra parece<br />

ter, em tempos posteriores, adquirido sentido negativo; assim, é mantido em nossa tradução: o<br />

extorsionário” – Mant.<br />

38.13. apanhará ou segurará. Parece <strong>de</strong>notar apanhar ao lançar as re<strong>de</strong>s. Ver <strong>Salmos</strong> ‏,ינקש“‏ 11<br />

Este sentido se a<strong>de</strong>qua muito bem a esta passagem, pois o usurário costumava obter a subsistência<br />

lançando mão <strong>de</strong> todo gênero <strong>de</strong> artifícios” – Phillips. Horsley traduz assim: “Lança sua re<strong>de</strong><br />

sobre tudo o que ele possui”. Que notável representação do tratamento que os ju<strong>de</strong>us, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os<br />

tempos da última <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> sua cida<strong>de</strong> e sua dispersão pelos romanos, receberam <strong>de</strong> quase<br />

todas as nações entre as quais têm sido dispersos! Por algum tempo, lhes foi permitido viver tranqüilamente<br />

na Grã-Bretanha, Holanda e Alemanha; porém, que história <strong>de</strong> miséria tem ficado das<br />

imposições tirânicas das quais eles têm sido vítima durante séculos!<br />

12 O Dr. Ged<strong>de</strong>s traduz assim o versículo 6: “Que ele seja julgado por um juiz perverso, e que<br />

à sua direita seja posto o acusador.” Sobre isso o Dr. Ged<strong>de</strong>s tem a seguinte nota: Que ele seja<br />

julgado por um juiz perverso. O salmista se refere a um tribunal e <strong>de</strong>seja que seu inimigo tenha um<br />

juiz severo, sim, um juiz perverso. Certamente um juiz que fosse uma das mais profundas maldições<br />

que pu<strong>de</strong>ssem sobrevir a alguém. E à sua direita seja posto o acusador. Em vez <strong>de</strong> um amigo<br />

ou advogado que ficasse a seu lado, que seu único assistente fosse um acusador. Que tremenda<br />

imagem! Mas o peso da metáfora está no versículo seguinte: Quando ele for julgado, seja achado<br />

culpado; e que seu protesto somente agrave seu <strong>de</strong>lito. Com isso correspon<strong>de</strong> a interpretação <strong>de</strong>

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