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chamada Boaz e a outra, Jaquim. De acordo com 1 Rs 7.15ss, tinham quase 8 m <strong>de</strong> altura, 5 m e<br />
meio <strong>de</strong> circunferência e estavam feitas <strong>de</strong> bronze, adornadas com romãs 167 . Por acima<br />
terminavam com um capitel feito em bronze fundido, <strong>de</strong> um pouco mais <strong>de</strong> 2 m <strong>de</strong> altura.<br />
Esten<strong>de</strong>ndo-se para a parte oriental, na frente do templo havia dois átrios abertos (2 Cr 4.9). A<br />
primeira área, o átrio dos sacerdotes, tinha 46 m <strong>de</strong> largura e 9 m <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong>. Ali se levantava o<br />
átrio dos sacrifícios, <strong>de</strong> face ao templo. Feito em bronze com uma base <strong>de</strong> 9 m² e 5 m <strong>de</strong> altura,<br />
aquele altar era aproximadamente quatro vezes maior que o utilizado por Moisés em seus<br />
tempos. O mar <strong>de</strong> bronze fundido, levantado ao su<strong>de</strong>ste da entrada, era igualmente<br />
impressionante naquele átrio. Em forma <strong>de</strong> taça, tinha uns 2 m <strong>de</strong> altura, 5 m <strong>de</strong> diâmetro, com<br />
um perímetro <strong>de</strong> 14 m. estava feito <strong>de</strong> bronze fundido <strong>de</strong> 7,6 cm <strong>de</strong> espessura, e <strong>de</strong>scansava sobre<br />
12 bois, três dos quais olhavam para cada direção. Uma estimação razoável do peso daquela<br />
gigantesca fonte é <strong>de</strong> aproximadamente 25 toneladas. De acordo com 1 Reis 7.46, este mar <strong>de</strong><br />
bronze, as altas colunas e os custosos recipientes e vasilhas foram feitos para o templo e fundidos<br />
em terra argilosa do vale do Jordão.<br />
Além <strong>de</strong>sta e<strong>no</strong>rme fonte, que provia <strong>de</strong> água para os sacerdotes e levitas em seu serviço do<br />
templo, havia <strong>de</strong>z pias me<strong>no</strong>res <strong>de</strong> bronze, cinco a cada lado do templo (1 Rs 7.38; 2 Cr 4.6). Estas<br />
eram <strong>de</strong> quase dois metros <strong>de</strong> altura e se apoiavam em rodas, com objeto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r transportá-las<br />
aon<strong>de</strong>, <strong>no</strong> curso do sacrifício, se faziam necessárias para a lavagem das várias partes do animal<br />
sacrificado.<br />
Também <strong>no</strong> átrio dos sacerdotes havia uma plataforma <strong>de</strong> bronze (2 Cr 6.13), o lugar on<strong>de</strong> o rei<br />
Salomão permanecia durante as cerimônias <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação.<br />
Para o leste, uns <strong>de</strong>graus conduziam para abaixo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o átrio dos sacerdotes ao exterior do<br />
gran<strong>de</strong> átrio (2 Cr 4.9). por analogia com as medidas do tabernáculo <strong>de</strong> Moisés, esta zona tinha 91<br />
m <strong>de</strong> largura e 182 m <strong>de</strong> comprimento. Este gran<strong>de</strong> átrio estava ro<strong>de</strong>ado por uma sólida muralha<br />
<strong>de</strong> pedra com quatro portas maciças, chapeadas em bronze, para regular a entrada ao lugar do<br />
templo (1 Cr 26.13-16). De acordo com Ezequiel 11.1, a porta oriental servia como a entrada<br />
principal. Gran<strong>de</strong>s colunatas e câmaras nesta parte proviam <strong>de</strong> espaço <strong>de</strong> armazenamento para os<br />
sacerdotes e os levitas, para que pu<strong>de</strong>ssem realizar seus respectivos <strong>de</strong>veres e serviços.<br />
A questão da influência contemporânea <strong>no</strong> templo e sua construção tem sido reconsi<strong>de</strong>rada<br />
nas recentes décadas. Os relatos bíblicos foram cuidadosamente examinados à luz dos restos<br />
arqueológicos com relação a templos e religiões das civilizações contemporâneas <strong>no</strong> Egito, na<br />
Mesopotâmia e na Fenícia. Embora E<strong>de</strong>rsheim (1880) 168 escreveu que o pla<strong>no</strong> e <strong>de</strong>sígnio do<br />
templo <strong>de</strong> Salomão era estritamente judaico, é <strong>de</strong> geral consenso dos arqueólogos <strong>de</strong> hoje que a<br />
arte e a arquitetura eram basicamente fenícios. Está claramente indicado na Escritura que Davi<br />
empregou arquitetos e técnicos <strong>de</strong> Hiram, rei <strong>de</strong> Tiro. Enquanto que Israel provia o trabalho, os<br />
fenícios supriam o papel dos artesãos e supervisores da construção real. Des<strong>de</strong> a escavaca do sírio<br />
Tell Tainat (antiga Hattina) em 1936 pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chicago, ficou aparente que o tipo <strong>de</strong><br />
arte e arquitetura do templo <strong>de</strong> Jerusalém era comum na Fenícia <strong>no</strong> século X a.C. Portanto, parece<br />
razoável conce<strong>de</strong>r o crédito aos artesãos fenícios e a seus arquitetos pelos pla<strong>no</strong>s finais do<br />
templo, já que Davi e Salomão os empregavam para este serviço particular 169 . Com a limitada<br />
informação disponível, seria difícil marcar uma clara línea <strong>de</strong> distinção entre os pla<strong>no</strong><br />
apresentados pelos reis <strong>de</strong> Israel e a contribuição feita pelos fenícios na construção do templo.<br />
Dedicação do templo<br />
Devido a que o templo foi completado <strong>no</strong> oitavo mês do a<strong>no</strong> décimo segundo (1 Rs 6.37-38), é<br />
completamente verossímil que as cerimônias da <strong>de</strong>dicação tivessem sido efetuadas <strong>no</strong> sétimo<br />
mês do a<strong>no</strong> décimo segundo e não um mês antes <strong>de</strong> ser terminado. Isto teria permitido um tempo<br />
167 Esta mesma medida, 8 m ou 18 côvados, é a da altura <strong>de</strong>sta coluna em 1 Rs 25.17 e Jr 52.21. em 2 Cr 3.15 a altura é<br />
<strong>de</strong> 35 côvados. Keil, op. cit., sugere que isto é <strong>de</strong>vido à confusão <strong>de</strong> duas letras na transmissão do texto hebraico.<br />
168 Ver ibid., p. 72.<br />
169 Ver Wright, op. cít., pp. 136-145 e Unger, "Archaeology and ¡he Old Testament", pp. 228-234<br />
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