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a historia de israel no antigo testamento

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pô<strong>de</strong> ter promovido o reconhecimento <strong>de</strong> Uzias como co-regente lá pelo a<strong>no</strong> 792-91 a.C. Com a<br />

mudança <strong>de</strong> reis em Israel, Amasias foi restaurado <strong>no</strong> tro<strong>no</strong> (782-81), só para ser assassinado<br />

(768). Isto <strong>de</strong>u a Uzias o controle único <strong>de</strong> Judá e a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> afirmar sua efetiva li<strong>de</strong>rança.<br />

Omi<strong>no</strong>sos acontecimentos logo semearam ameaçadoras sombras através das futuras<br />

esperanças <strong>de</strong> Judá. Na Samaria, à morte <strong>de</strong> Jeroboão <strong>no</strong> 753 seguiu-se a revolução e a efusão <strong>de</strong><br />

sangue até que Menaém se apo<strong>de</strong>rou do tro<strong>no</strong>. Em Judá, Uzias foi tocado pela lepra como um<br />

juízo divi<strong>no</strong> por assumir responsabilida<strong>de</strong>s sacerdotais. Embora Jotão foi feito co-regente naquele<br />

tempo (por volta do 750 a.C.), Uzias continuou <strong>no</strong> gover<strong>no</strong> ativo. a prosperida<strong>de</strong> econômica<br />

prevaleceu em Judá conforme se espalhava para o sul com suas fronteiras, incluindo o Elate, <strong>no</strong><br />

Golfo <strong>de</strong> Acaba. Para o leste, os amonitas eram tributários <strong>de</strong> Judá.<br />

Mais portentoso foi o acesso ao tro<strong>no</strong> <strong>de</strong> Tiglate-Pileser III, ou Pul, na Assíria, <strong>no</strong> 745 a.C.<br />

A subseqüente conquista da Babilônia pelos assírios precipitou uma preparação unificada dos<br />

governantes palesti<strong>no</strong>s para a agressão assíria. No 743-738, esta expectação se converteu em<br />

realida<strong>de</strong>, quando o exército assírio avançou para o oeste em diversas campanhas. O rei assírio<br />

informa em seus anais que <strong>de</strong>rrotou a força palestina sob o mandado <strong>de</strong> Azarias ou Uzias <strong>de</strong> Judá.<br />

Thiele data este evento <strong>no</strong> primeiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong>ste período 441 . Menaém, o rei <strong>de</strong> Israel, também <strong>de</strong>veu<br />

entregar um forte tributo ao rei da Assíria (2 Rs 15.19).<br />

Sob a ameaça pen<strong>de</strong>nte da agressão assíria, aconteceram rápidas mudanças em Israel e as<br />

mesmas tiveram suas repercussões em Judá. Quando morreu Menaém, foi sucedido por seu filho<br />

Pecaías, que foi assassinado por Peca após dois a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> gover<strong>no</strong>. O último tomou o tro<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

Samaria <strong>no</strong> 740-39 e começou uma agressiva política antiassíria. A morte <strong>de</strong> Uzias, o <strong>no</strong>tável rei <strong>de</strong><br />

Judá e o mais sobressalente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os dias <strong>de</strong> Davi e Salomão, aconteceu <strong>no</strong> mesmo a<strong>no</strong>.<br />

Durante este a<strong>no</strong> <strong>de</strong> tensão <strong>no</strong> país e <strong>no</strong> exterior, o jovem Isaias recebeu seu chamamento<br />

profético. É verossímil que tivesse observado os <strong>de</strong>senvolvimentos internacionais com profundo<br />

interesse quando as esperanças <strong>de</strong> Judá pela sobrevivência nacional se <strong>de</strong>svaneceram ante os<br />

avanços do exército da Assíria. Não está indicada qual tenha sido a atitu<strong>de</strong> religiosa <strong>de</strong> Isaias<br />

naquele tempo. pô<strong>de</strong> ter estado familiarizado com Amós e Oséias, que se mostravam ativos <strong>no</strong><br />

Rei<strong>no</strong> do Norte. Como homem jovem, pô<strong>de</strong> ter estado em contato com Zacarias, o profeta que<br />

teve tão favorável influência sobre Uzias. Neste a<strong>no</strong> crucial, o jovem foi chamado a ser o porta-voz<br />

da palavra <strong>de</strong> Deus, para entregar a mensagem <strong>de</strong> Deus a uma geração encarada com<br />

acontecimentos históricos sem prece<strong>de</strong>ntes.<br />

Enquanto Peca resistia firmemente aos assírios, um grupo pró-assírio foi ganhando po<strong>de</strong>r em<br />

Judá. Aparentemente, este movimento foi o responsável da elevação <strong>de</strong> Acaz ao tro<strong>no</strong> em 736-35<br />

a.C., quando os exércitos assírios estavam ativos em Nal e Urartu. Acaz pô<strong>de</strong> ter precipitado a<br />

invasão assíria dos filisteus <strong>no</strong> 734 a.C. Pelo me<strong>no</strong>s, após sua retirada, Peca <strong>de</strong> Samaria e Rezim <strong>de</strong><br />

damasco lançaram um ultimato a Acaz para que se unisse a eles em oposição à Assíria. Neste<br />

momento, Isaias ficou implicado na marcha dos acontecimentos. Foi especificamente<br />

comissionado para avisar o rei <strong>de</strong> confiar em Deus (Is 7.1ss). ig<strong>no</strong>rando o aviso do profeta, Acaz<br />

fez um tratado com Tiglate-Pileser III. Embora Judá foi invadida pelos exércitos sírio-efraimitas e<br />

per<strong>de</strong>u o Edom como tributário, Acaz sobreviveu ao avanço do exército assírio. As sucessivas<br />

campanhas assírias <strong>de</strong>ram por resultado a conquista e capitulação da Síria <strong>no</strong> 732 a.C.<br />

Simultaneamente, Peca foi executado e substituído por Oséias, que assegurou o tributo <strong>de</strong> Israel<br />

ao rei da Assíria. Acaz se encontrou com Tiglate-Pileser em Damasco e selou seu pacto<br />

introduzindo o culto <strong>de</strong> adoração assírio <strong>no</strong> templo <strong>de</strong> Jerusalém.<br />

A ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Isaias durante o resto do reinado <strong>de</strong> Acaz é obscura. Deve ter partilhado o<br />

profundo interesse e ansieda<strong>de</strong> dos cidadãos <strong>de</strong> Judá, a respeito das lutas da Samaria, a uns 70<br />

km ao <strong>no</strong>rte <strong>de</strong> Jerusalém. Quando Salmaneser suce<strong>de</strong>u a Tiglate-Pileser sobre o tro<strong>no</strong> da Assíria,<br />

Oséias termi<strong>no</strong>u sua servidão. Seguindo um assedio <strong>de</strong> três a<strong>no</strong>s pelos assírios, Oséias foi morto, e<br />

a Samaria conquistada pelo invasor <strong>no</strong> 722.<br />

441 Para a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>sta data, ver Thiele, The Mvsterious Numbers of the Kings, pp. 75-98.<br />

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