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a historia de israel no antigo testamento

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Conseqüências da infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> Ez 23.1-49<br />

Ezequiel mo<strong>de</strong>rado para o juízo Ez 24.1-27<br />

Durante dois a<strong>no</strong>s, o profeta, como uma atalaia, tem advertido fielmente o povo. Mais uma<br />

vez, <strong>no</strong> 591, uma <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> anciãos assenta-se diante <strong>de</strong>le, para inquirir a vonta<strong>de</strong> do Senhor.<br />

Ze<strong>de</strong>quias ainda está <strong>no</strong> tro<strong>no</strong> <strong>de</strong> Jerusalém.<br />

Ezequiel revisa mais uma vez a história <strong>de</strong> Israel. Desta vez, ressalta que Deus escolheu a Israel<br />

<strong>no</strong> Egito, lhe <strong>de</strong>u sua lei, e os levou à terra <strong>de</strong> Canaã, mas eles não fizeram outra coisa senão<br />

provocá-lo com seus ídolos, ritos pagãos e sacrifícios, em seu furor, Deus os espalhou, e<br />

finalmente os voltará a trazer, purificados em graça a seu Pai <strong>no</strong>me (21.1-44).<br />

A pronunciação <strong>de</strong>sta revisão carrega a ênfase do juízo que se segue como seqüência natural.<br />

Deus está acen<strong>de</strong>ndo um fogo para consumir o Negueve (20.45-49). Está afiando sua espada,<br />

levando o rei da Babilônia a Jerusalém num ato <strong>de</strong> juízo (21-22). Os príncipes têm <strong>de</strong>rramado<br />

sangue i<strong>no</strong>cente, o povo é culpado dos males sociais, quebrantando a lei e esquecendo a Deus.<br />

Jerusalém se converterá num for<strong>no</strong> para purificar o povo, enquanto se <strong>de</strong>rrama Sua ira.<br />

O pecado das alianças com os estrangeiros está <strong>de</strong>senvolvido <strong>no</strong> capítulo 23, segundo Samaria,<br />

chamada <strong>de</strong> Aolá, e Jerusalém, chamada Aolibá, levam sobre si o cargo da prostituição.<br />

As alianças com nações estranhas, que freqüentemente implicam o reconhecimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>uses<br />

pagãos, constituem uma grave ofensa para o Senhor 515 . Desafortunadamente, Judá falhou em ver<br />

a queda da Samaria como um aviso. Em vista <strong>de</strong> seus pecados, Jerusalém está advertida <strong>de</strong> que os<br />

cal<strong>de</strong>us virão a exercitar seu juízo sobre eles 516 . O copo do furor <strong>de</strong> Deus está na mão.<br />

No mesmo dia 15 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 588, quando os exércitos babilônicos ro<strong>de</strong>aram Jerusalém,<br />

Ezequiel recebeu outra mensagem (24) 517 . Não se indica se Ezequiel dramatizou isto numa ação<br />

simbólica ou a produziu verbalmente em forma <strong>de</strong> alegoria. Tendo diante <strong>de</strong>le um cor<strong>de</strong>iro<br />

escolhido na panela, que representa a Jerusalém, Ezequiel extrai a conseqüência da <strong>de</strong>struição. A<br />

panela com manchas <strong>de</strong> ferrugem, figurando manchas <strong>de</strong> sangue, é colocada sobre o fogo até<br />

que se fun<strong>de</strong>. No processo <strong>de</strong> sua fundição, as manchas sangrentas são tiradas, ilustrando<br />

claramente com isso que as manchas <strong>de</strong> sangue <strong>de</strong> Jerusalém serão tiradas só por meio da<br />

completa <strong>de</strong>struição. No curso <strong>de</strong>sta representação gráfica, morre a esposa <strong>de</strong> Ezequiel.<br />

Como um sinal significativo para seu auditório, se or<strong>de</strong>na a Ezequiel não levar luto<br />

publicamente. Tampouco o povo o levará quando receba as <strong>no</strong>tícias <strong>de</strong> que o templo <strong>de</strong><br />

Jerusalém tem sido <strong>de</strong>struído. O Deus sobera<strong>no</strong> faz isto para que eles saibam que Ele é o Senhor.<br />

Em conclusão, Deus assegura a Ezequiel que quando as <strong>no</strong>tícias do fado <strong>de</strong> Jerusalém lhe<br />

cheguem, sua sur<strong>de</strong>z acabará.<br />

VII. Nações estrangeiras Ez 1-32.32<br />

Amom, Moabe, Edom e Filistéia Ez 25.1-17<br />

Fenícia Ez 26.1-28.26<br />

Egito Ez 29.1-32.32<br />

As profecias datadas nestes capítulos, com a exceção do 29.17-21, ocorrem durante o décimo<br />

ou décimo segundo a<strong>no</strong> do cativeiro <strong>de</strong> Ezequiel. Isto aproxima o período do assédio e cerco <strong>de</strong><br />

Nabucodo<strong>no</strong>sor em Jerusalém, <strong>no</strong> 588-86. Com a capitulação <strong>de</strong> Jerusalém pen<strong>de</strong>nte, surge sem<br />

515 a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> um rei <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Samuel (1 Sm 8.5) reflete o fato <strong>de</strong> que o povo estava impressionado com os reis<br />

pagãos. Salomão fez uma aliança com o Egito (1 Rs 3.1). No Rei<strong>no</strong> do Norte, Jeú pagou tributo ao rei assírio Salmaneser<br />

III, como é sabido pelo Obelisco Preto, ver Pritchard, Ancient Near Eastern Texts, p. 280. O Rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Judá esteve mais<br />

seriamente implicado com a Assíria, por Acaz (2 Rs 16.7 e Is 7.1-17), que <strong>de</strong>safiou a Isaias ao fazer uma aliança com<br />

Tiglate-Pileser III. Note-se também Ezequiel e os babilônicos em Is 39.6.<br />

516 Note-se a advertência da con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Jerusalém anunciada por Isaias (Is 39.6, 2 Rs 20.17).<br />

517 O a<strong>no</strong> <strong>no</strong><strong>no</strong> e o mês décimo (15 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 588 a.C.). Ver Parker ;v Dubberstein, Babylonian Chro<strong>no</strong>logy, p. 26; e<br />

Thiele, The Mysterious Numbers of Hebrew Kings, p. 164.. Note-se também Jr 39.1 e 2 Rs 25.1<br />

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