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a historia de israel no antigo testamento

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Jó conclui seu terceiro ciclo <strong>de</strong> discussões, revisando todo seu caso. Contrasta os dias dourados<br />

<strong>de</strong> extrema felicida<strong>de</strong>, prosperida<strong>de</strong> e prestígio com seu presente estado <strong>de</strong> sofrimento,<br />

humilhação e angústia da alma, na consciência <strong>de</strong> que o que lhe está acontecendo era or<strong>de</strong>nado<br />

por Deus. Com consi<strong>de</strong>ráveis <strong>de</strong>talhes, Jó faz um reconto <strong>de</strong> seu nível ético e integrida<strong>de</strong> em seu<br />

trato com os homens. Não manchado pela imoralida<strong>de</strong>, a vaida<strong>de</strong>, a avareza, a idolatria, a<br />

amargura ou a insincerida<strong>de</strong>, Jó reafirma sua i<strong>no</strong>cência. Nem o homem nem Deus po<strong>de</strong>riam<br />

sustentar os cargos que seus amigos levantaram contra ele (29-31).<br />

Aparentemente, Eliú tem ouvido pacientemente os <strong>de</strong>bates entre Jó e seus três amigos.<br />

Sendo mais jovem, se retrai <strong>de</strong> falar até que é compelido a fazê-lo para tratar <strong>de</strong> discernir o que<br />

era verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. após <strong>de</strong>nunciar a Jó por sua atitu<strong>de</strong> para com o sofrimento, rejeita suas<br />

queixas.<br />

Com a tenra sensibilida<strong>de</strong> para o pecado e uma genuína reverência para com Deus, Eliú sugere<br />

a sublimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus como mestre que procura disciplinar o homem. A gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> Deus,<br />

estendida nas obras da criação da natureza, é surpreen<strong>de</strong>nte. A compreensão do homem para<br />

Deus e seus caminhos está condicionada pela limitação <strong>de</strong> sua mente. Como po<strong>de</strong>ria o homem<br />

conhecer retamente a Deus? portanto, não seria pru<strong>de</strong>nte fazê-lo com fatuida<strong>de</strong>, mas praticar o<br />

temor <strong>de</strong> Deus que é gran<strong>de</strong> em po<strong>de</strong>r, justiça e retidão (32-37).<br />

Numa multidão <strong>de</strong> palavras, nem Jó nem seus amigos têm resolvido o problema da retribuição,<br />

o mistério do sofrimento, ou os disciplinares <strong>de</strong>sígnios <strong>no</strong> que diz respeito à vida <strong>de</strong> Jó. Tampouco<br />

os discursos sobre o Altíssimo apresentam um razoável argumento que permita uma <strong>de</strong>talhada e<br />

lógica explicação (38-41). A resposta <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>s<strong>de</strong> um re<strong>de</strong>moinho resi<strong>de</strong> na gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> sua<br />

própria majesta<strong>de</strong>. As maravilhas do universo físico, e as do rei<strong>no</strong> animal, mostram a sabedoria <strong>de</strong><br />

Deus, além <strong>de</strong> qualquer concepção ou entendimento. Incluso Jó, que tem respondido a seus<br />

amigos repetidamente, reconhece humil<strong>de</strong>mente que ele não po<strong>de</strong>ria respon<strong>de</strong>r a Deus. mas<br />

Deus continua falando. Acaso não tem Ele criado os monstros do mar tanto como a Jó? Será que<br />

Jó teria o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> controlar o beemote (hipopótamo) e o leviatã (crocodilo)? Se o homem não<br />

po<strong>de</strong> enfrentar-se com essas criaturas, como po<strong>de</strong>ria esperar enfrentar seu criador, o Um que os<br />

criou a todos eles?<br />

Jó está estupefato com a sabedoria e o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus. certamente, os propósitos e <strong>de</strong>sígnios<br />

dAquele que tem tal sabedoria e po<strong>de</strong>r, não po<strong>de</strong>m ser questionados por mentes finitas. Quem<br />

põe em dúvida a proprieda<strong>de</strong> dos caminhos <strong>de</strong> Deus <strong>no</strong> sofrimento dos justos ou a prosperida<strong>de</strong><br />

do malvado? Os secretos e motivações <strong>de</strong> Deus em sua justiça com o gênero huma<strong>no</strong> estão além<br />

<strong>de</strong> todo alcance huma<strong>no</strong>. No pó e na cinza, Jó se inclina humil<strong>de</strong>mente em adoração, confessando<br />

sua insignificância. Numa <strong>no</strong>va perspectiva <strong>de</strong> Deus, assim como <strong>de</strong> si mesmo, comprova que tem<br />

falado além <strong>de</strong> seu limitado conhecimento e compreensão. Pela fé e a confiança em Deus, ele se<br />

sobrepõe às limitações da razão humana na solução dos problemas, que com tanta audácia<br />

apresentara ao silêncio dos céus e antes que este se rompa (42.1-6).<br />

I<strong>de</strong>ntificado por Deus como "meu servo", Jó se converte <strong>no</strong> sacerdote oficiante e intercessor<br />

para seus três amigos que tão estupidamente tinham falado. Sua fortuna foi restaurada em dupla<br />

medida. Na camaradagem <strong>de</strong> seus parentes e amigos, Jó volta a experimentar o bem-estar e as<br />

bênçãos <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>pois do tempo <strong>de</strong> sua severa provação.<br />

Os Salmos – Hi<strong>no</strong>logia <strong>de</strong> Israel<br />

Por mais <strong>de</strong> dois milênios, o livro dos Salmos tem sido a mais popular coleção <strong>de</strong> escritos do<br />

câ<strong>no</strong>n do Antigo Testamento.<br />

Os Salmos foram utilizados em serviços <strong>de</strong> culto religioso pelos <strong>israel</strong>itas, começando <strong>no</strong>s<br />

tempos <strong>de</strong> Davi. A Igreja cristã tem incorporado os Salmos à liturgia e a seu ritual ao longo dos<br />

séculos. Em todos os tempos, o livro dos Salmos tem merecido mais interesse pessoal e maior uso<br />

em prático e <strong>no</strong> culto que qualquer outro livro do Antigo Testamento, superando todas as<br />

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