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a historia de israel no antigo testamento

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cida<strong>de</strong> capital e cujo templo ainda jaziam em ruínas, se encontraram entre aqueles aos que<br />

beneficiou a benevolência <strong>de</strong> Ciro.<br />

No 530, Ciro conduziu seu exército até a fronteira do <strong>no</strong>rte. Enquanto invadia o país existente<br />

além do rio Araxes, ao oeste do Mar Cáspio, foi mortalmente ferido na batalha.<br />

Cambisses levou o corpo <strong>de</strong> seu pai a Passarga<strong>de</strong>, a capital da Pérsia, para dar-lhe um a<strong>de</strong>quado<br />

sepultamento.<br />

O túmulo que Ciro tinha construído para si mesmo, estava sobre uma plataforma <strong>de</strong> uma<br />

elevação <strong>de</strong> 5 m, com seis <strong>de</strong>graus que conduziam a um pavimento retangular <strong>de</strong> 13 por 15 m 331 .<br />

Ali foi <strong>de</strong>positado, num sarcófago <strong>de</strong> ouro, <strong>de</strong>scansando numa mortalha <strong>de</strong> ouro lavrado.<br />

Ornamentos a<strong>de</strong>quadamente elaborados, jóias custosas, uma espada persa e tapetes da Babilônia<br />

e outros luxuosos ador<strong>no</strong>s foram cuidadosamente colocados <strong>no</strong> lugar do eter<strong>no</strong> <strong>de</strong>scanso<br />

daquele que tinha sido criador <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> império. Ro<strong>de</strong>ando o pavimento, existia um canal, e<br />

além, uns belíssimos jardins. Uma guarda real montava vigilância perto <strong>de</strong> seu túmulo. A cada mês<br />

se sacrificava um cavalo ao distinguido herói. Dois séculos mais tar<strong>de</strong>, quando Alexandre Mag<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong>scobriu que os vândalos tinham rapinado o túmulo, or<strong>de</strong><strong>no</strong>u a restauração do corpo, assim<br />

como dos outros tesouros 332 . Ainda hoje, o túmulo vazio é testemunha da gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> Ciro, que<br />

ganhou para a Pérsia seu império, embora eventualmente foi saqueado o lugar do eter<strong>no</strong> repouso<br />

que o gran<strong>de</strong> Ciro tinha preparado tão elaboradamente.<br />

• Cambisses<br />

(530-522 a.C.). Quando Ciro abando<strong>no</strong>u a Babilônia <strong>no</strong> 538 a.C., <strong>no</strong>meou a seu filho Cambisses<br />

para representar o rei persa nas reais procissões do A<strong>no</strong> Novo. Devidamente reconhecido por<br />

Merodaque, Nebo e Bel, e retendo aos oficiais e dignitários da Babilônia, Cambisses ficou bem<br />

estabelecido na Babilônia com seu quartel geral em Sipar.<br />

Com a súbita morte <strong>de</strong> Ciro em 530, Cambisses se confirmou a si mesmo rei da Pérsia.<br />

Após ter recebido o reconhecimento <strong>de</strong> várias províncias que seu pai tinha submetido ao po<strong>de</strong>r<br />

do tro<strong>no</strong>, Cambisses voltou sua atenção à conquista do Egito, que ainda ficava além dos laços do<br />

império.<br />

Amassis fazia a<strong>no</strong>s que se havia antecipados aos sonhos imperialistas da Pérsia. No 547 pô<strong>de</strong><br />

que tivesse uma aliança com Creso. Ele também fez amiza<strong>de</strong>s e buscou uma coalizão com os<br />

gregos.<br />

Em seu caminho para o Egito, Cambisses acampou em Gaza, on<strong>de</strong> adquiriu camelos nabatea<strong>no</strong>s<br />

333 para a marcha <strong>de</strong> 88 km através do <strong>de</strong>serto. Dois homens que traíram a Amassis se uniram ao<br />

grupo do conquistador. Fanes, um chefe mercenário grego, <strong>de</strong>sertou do Faraó e proporcio<strong>no</strong>u a<br />

Cambisses uma importante informação militar. Polícrates <strong>de</strong> Samos quebrou sua aliança com<br />

Amassis para ajudar a Cambisses com tropas gregas e com barcos.<br />

Ao chegar ao Delta do Nilo, soube que o velho Amassis tinha morrido. O <strong>no</strong>vo Faraó, Samtik III,<br />

filho <strong>de</strong> Amassis, enfrentou os invasores com mercenários gregos e soldados egípcios. Na batalha<br />

<strong>de</strong> Pelusium (525 a.C.), os egípcios foram <strong>de</strong>finitivamente <strong>de</strong>rrotados pelos persas. Embora Samtik<br />

tentou cobrir-se na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mênfis, foi incapaz <strong>de</strong> escapar <strong>de</strong> sues perseguidores. Cambisses<br />

conce<strong>de</strong>u um tratamento favorável ao rei, porém mais tar<strong>de</strong> Samtik tentou uma rebelião e foi<br />

executado. O invasor vitorioso se apropriou dos títulos do reinado egípcio e fez que se<br />

inscrevesse seu <strong>no</strong>me <strong>no</strong>s monumentos <strong>de</strong>dicados ao farão.<br />

Nos seguintes a<strong>no</strong>s, Cambisses cultivou a amiza<strong>de</strong> com os gregos, com o objeto <strong>de</strong> promover o<br />

lucrativo comércio que tinham com o Egito. Esta ação esten<strong>de</strong>u a dominação persa sobre o mais<br />

avançado e o mais rico do mundo grego 334 . Cambisses também tratou <strong>de</strong> expandir seu domínio<br />

331 Ver Ibid., por 69, para uma bibliografia sobre o túmulo <strong>de</strong> Ciro. Melhor discussão, <strong>de</strong> acordo com Rogers, está em<br />

"Persia, Past and Present", por A. V. Williams Jackson, pp. 293.<br />

332 Arrian, Aiiabasis 6, 29, traduzida por E. I. Robson, em Loeb Classical Library (1929-1933), II, 197.<br />

333 De acordo com Olmestead, op. cit., p. 88,, esta é a primeira menção dos nabatea<strong>no</strong>s. Ver Herodoto, III, 4 ss.<br />

334 Olmstead, op. cit., p. 88.<br />

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