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• CAPÍTULO 13: JUDÁ SOBREVIVE AO IMPERIALISMO ASSÍRIO<br />
O gover<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>venta a<strong>no</strong>s da dinastia davídica em Jerusalém foi bruscamente terminado com<br />
a acessão ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Atalia <strong>no</strong> a<strong>no</strong> 841 a.C. A fruição da política praticada <strong>de</strong> forma ímpia por<br />
Josafá levou a malvada filha <strong>de</strong> Acabe e Jezabel ao tro<strong>no</strong> <strong>de</strong> Judá, me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> uma década <strong>de</strong>pois<br />
da morte <strong>de</strong> Josafá. De acordo com a divina promessa feita a Davi, a linhagem real foi restaurada<br />
após um interlúdio <strong>de</strong> sete a<strong>no</strong>s.<br />
Durante este período, quando oito reis da dinastia davídica governaram sobre Judá, a etapa<br />
religiosa mais significativa foi a do rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Ezequias. O relato histórico <strong>de</strong> esses dois séculos está<br />
registrado em 2 Reis 11.1-21.26 e 2 Crônicas 22.10-33-25. contemporâneo <strong>de</strong> Ezequias foi o gran<strong>de</strong><br />
profeta Isaias, que também proporciona uma informação suplementar.<br />
Atalia – Um reinado <strong>de</strong> terror<br />
Com o sepultamento <strong>de</strong> seu filho Acazias, Atalia se encarregou do tro<strong>no</strong> <strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> do Sul <strong>no</strong> 841<br />
a.C. Para assegurar sua posição como governante, or<strong>de</strong><strong>no</strong>u a execução <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />
reais, iniciando assim um reinado <strong>de</strong> terror. Aparentemente não escapou nenhum dos her<strong>de</strong>iros<br />
ao tro<strong>no</strong>, exceto Joás, o meni<strong>no</strong> filho <strong>de</strong> Acazias. Durante o reinado <strong>de</strong> sete a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Atalia,<br />
Jeoseba, irmã <strong>de</strong> Acazias, escon<strong>de</strong>u o her<strong>de</strong>iro real <strong>no</strong> templo.<br />
Uma drástica mudança <strong>no</strong> clima religioso se seguiu à morte <strong>de</strong> Josafá. Sendo uma fanática<br />
seguidora <strong>de</strong> Baal, como o foi sua mãe Jezabel, Atalia promoveu este culto idolátrico para ser<br />
praticado em Jerusalém e por toda Judá. Os tesouros e objetos do templo foram tomados e<br />
aplicados ao culto <strong>de</strong> Baal. Matã serviu como sumo sacerdote em Jerusalém.<br />
Sem dúvida o <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> sangue e a perseguição do baalismo <strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> do Norte, sob<br />
Jeú, fez que Atalia empreen<strong>de</strong>sse com mais ardor o estabelecimento do culto à fertilida<strong>de</strong><br />
naquela época <strong>de</strong> Judá.<br />
Joiada, um sacerdote que tinha sido testemunho do ressurgimento religioso na época <strong>de</strong> Asa e<br />
Josafá, foi o instrumento na restauração da linhagem real. A seu <strong>de</strong>vido tempo, assegurou o apoio<br />
da guarda real e Joás foi coroado rei na corte do templo. Quando Atalia ouviu as aclamações,<br />
tentou entras, porém foi <strong>de</strong>tida, arrestada e executada <strong>no</strong> interior do palácio.<br />
Joás – Reforma e reincidência<br />
Joás não era senão um meni<strong>no</strong> se sete a<strong>no</strong>s quando começou seu longo reinado (835-796 a.C.).<br />
Devido a que Joiada instigou a coroação <strong>de</strong> Joás, a política <strong>de</strong> estado foi formulada e dirigida por<br />
ele enquanto viveu.<br />
Com a execução <strong>de</strong> Atalia, o culto <strong>de</strong> Baal também ficou <strong>de</strong>struído. Os altares <strong>de</strong> Baal foram<br />
<strong>de</strong>stroçados e Matã, o sacerdote, morto. Joiada iniciou uma aliança na que o povo prometeu<br />
servir a Deus. enquanto viveu, o interesse geral prevaleceu <strong>no</strong> verda<strong>de</strong>iro culto a Deus, embora<br />
alguns dos lugares altos ainda ficaram em uso.<br />
O templo e seus serviços tinham ficado gran<strong>de</strong>mente abandonados durante o reinado do<br />
terror, e Joás, <strong>de</strong> acordo com o conselho <strong>de</strong> Joiada, apoiou a restauração dos holocaustos.<br />
Como o templo <strong>de</strong>via ser utilizado <strong>no</strong>vamente, e <strong>de</strong> forma oficial, ficou obvio que <strong>de</strong>via ser<br />
reparado. Para tal propósito, os sacerdotes foram instruídos para coletar fundos por toda a<br />
nação, porém seus esforços foram infrutíferos. No vigésimo terceiro a<strong>no</strong> do reinado <strong>de</strong> Joás<br />
(cerca <strong>de</strong> 812 a.C.), se adotou um <strong>no</strong>vo método para obter fundos. Foi colocada uma caixa <strong>no</strong><br />
átrio, ao lado direito do altar. Em resposta a uma proclama pública, o povo dava com entusiasmo<br />
<strong>no</strong> princípio, como o havia feito quando Moisés pediu donativos para construir o tabernáculo.<br />
Artesãos e artistas puseram mãos à obra, reparando e embelezando os lugares escolhidos.<br />
Do ouro e da prata que ainda restavam, fizeram os ornamentos apropriados. A liberalida<strong>de</strong> do<br />
povo para este propósito não diminuiu as contribuições regulares em favor dos sacerdotes.<br />
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