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Israel pelo Senhor. Tirado do templo <strong>no</strong>s dias da reforma <strong>de</strong> Josias, se converteu na "palavra viva"<br />
uma vez mais numa geração que levou o livro da lei com ela ao cativeiro da Babilônia.<br />
Se a reforma executada por Josias representou um genuí<strong>no</strong> avivamento entre o povo comum,<br />
resulta difícil <strong>de</strong> se saber. Já que foi iniciada e executada por or<strong>de</strong>ns reais, a oposição ficou<br />
refreada enquanto viveu Josias 268 . Imediatamente após sua morte, o povo voltou à idolatria sob<br />
Jeoiaquim.<br />
Jeremias foi chamado ao ministério <strong>no</strong> décimo terceiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong> Josias, <strong>no</strong> 672 a.C. Devido a que<br />
Josias já havia começado a reforma, é razoável <strong>de</strong>duzir que o profeta e o rei trabalhassem em<br />
estreita colaboração 269 . As predicações <strong>de</strong> Jeremias (capítulos 2-4) refletem a forcada relação<br />
entre Deus e Israel. Como uma esposa infiel que quebra os votos do matrimônio, Israel se havia<br />
separado <strong>de</strong> Deus. Jeremias, <strong>de</strong> forma realista, os advertiu que Jerusalém podia esperar a mesma<br />
sorte que havia <strong>de</strong>struído a Samaria um século antes. Quanto Jeremias (1-20) se relaciona com os<br />
tempos <strong>de</strong> Josias, é difícil <strong>de</strong> assegurar. Embora possa parecer estranho que a palavra profética<br />
proceda <strong>de</strong> Hulda em vez <strong>de</strong> Jeremias, quando foi lido o livro da lei a urgência para uma imediata<br />
solução ao problema do rei pô<strong>de</strong> ter implicado a Hulda, que residia em Jerusalém. Jeremias vivia<br />
em Anatote, ao <strong>no</strong>r<strong>de</strong>ste da cida<strong>de</strong> e a 5 km <strong>de</strong> distância.<br />
Quando circularam por Jerusalém as <strong>no</strong>tícias da queda <strong>de</strong> Assur (614 a.C.) e da <strong>de</strong>struição <strong>de</strong><br />
Nínive (612 a.C.), sem dúvida Josias voltou sua atenção aos assuntos internacionais. Num estado<br />
<strong>de</strong> falta <strong>de</strong> preparação militar, cometeu um erro fatal. No 609 os assírios estavam lutando uma<br />
batalha perdida com seu gover<strong>no</strong> <strong>no</strong> exílio em Harã. Neco, rei do Egito, fez marchar seus exércitos<br />
através da Palestina para ajudar os assírios. Já que Josias tinha pouco interesse pelos assírios,<br />
levou seus exércitos até Megido, num esforço por <strong>de</strong>ter os egípcios 270 . Josias foi mortalmente<br />
ferido quando seus exércitos ficaram dispersos. As esperanças nacionais e religiosas <strong>de</strong> Judá se<br />
<strong>de</strong>svaneceram quando o rei <strong>de</strong> 39 a<strong>no</strong>s foi sepultado na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Davi. Após <strong>de</strong>zoito a<strong>no</strong>s <strong>de</strong><br />
íntima associação com Josias, o gran<strong>de</strong> profeta é lembrado <strong>no</strong> parágrafo que diz: "E Jeremias fez<br />
uma lamentação sobre Josias" (2 Cr 35.25).<br />
Supremacia da Babilônia<br />
O povo <strong>de</strong> Judá entronizou a Joacaz em Jerusalém (2 Cr 36.1-4). E o <strong>no</strong>vo rei teve <strong>de</strong> sofrer as<br />
conseqüências da intervenção <strong>de</strong> Josias <strong>no</strong>s assuntos egípcios. Gover<strong>no</strong>u só por três meses, <strong>no</strong><br />
a<strong>no</strong> 609 a.C. (2 Rs 23.31-34).<br />
Tendo <strong>de</strong>rrotado a Judá em Megido, os egípcios marcharam rumo ao <strong>no</strong>rte, para Carquemis,<br />
<strong>de</strong>tendo temporariamente o avanço para o oeste dos babilônicos. O Faraó Neco estabeleceu seu<br />
quartel geral em Ribla (2 Rs 23.31-34). Joacaz foi <strong>de</strong>posto como rei <strong>de</strong> Judá e levado prisioneiro ao<br />
Egito, via Ribla. Ali, Joacaz, também conhecido como Salum, morreu como tinha predito o profeta<br />
Jeremias (22.11-12).<br />
• Jeoiaquim<br />
(609-598 a.C.). Jeoiaquim, outro filho <strong>de</strong> Josias, começou seu reinado por eleição <strong>de</strong> Neco. Não<br />
somente o Faraó egípcio trocou o <strong>no</strong>me <strong>de</strong> Eliaquim por Jeoiaquim, senão que também exigiu um<br />
forte tributo <strong>de</strong> Judá (2 Rs 23.35), e por onze a<strong>no</strong>s continuou sendo o rei <strong>de</strong> Judá. Até que os<br />
babilônicos <strong>de</strong>salojaram os egípcios <strong>de</strong> Carquemis (605 a.C.), Jeoiaquim permaneceu sujeito a<br />
Neco.<br />
Jeremias se enfrentou com uma severa oposição enquanto rei<strong>no</strong>u Jeoiaquim. Estando <strong>no</strong> átrio<br />
do templo, Jeremias predisse o cativeiro da Babilônia para os habitantes <strong>de</strong> Jerusalém.<br />
268 Ver E<strong>de</strong>rsheim, op. cit., p. 181.<br />
269 O ministério <strong>de</strong> Jeremias durante o reinado <strong>de</strong> Josias não está registrado em Reis nem em Crônicas. Suas experiências<br />
durante o reinado <strong>de</strong> Joaquim sugerem que o <strong>de</strong>spertamento não foi genuí<strong>no</strong>.<br />
270 Note-se a tradução <strong>de</strong> 2 Rs 23039, que à luz da arqueologia <strong>de</strong>veria dizer: "o rei do Egito foi em direção ao rei da<br />
Assíria", em vez <strong>de</strong> "contra". Ver C J Gadd, "The fall of Niniveth" (Londres, 1923), p. 41. Também Merril F. Unger, "Archaeology<br />
and the Old Testament", p 282.<br />
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