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a historia de israel no antigo testamento

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mesmo, num precipício perto <strong>de</strong> Persépole. Na distante terra do Egito, promoveu a construção <strong>de</strong><br />

um canal entre o Mar Vermelho e o rei Nilo 342 .<br />

Susã, a 97 km para o <strong>no</strong>rte da <strong>de</strong>sembocadura do Tigre, foi centralizada para propósitos<br />

administrativos. A planície entre Coaspes e Ulai, rios do império, se converteu numa rica e fecunda<br />

zona <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> frutas, por meio <strong>de</strong> um eficaz sistema <strong>de</strong> canais. O elaborado palácio real,<br />

começado por Dario e embelezado por seus sucessores, foi o maior monumento persa daquela<br />

cida<strong>de</strong>. <strong>de</strong> acordo com uma inscrição feita por Dario, este palácio foi enfeitado com cedros do<br />

Líba<strong>no</strong>, marfim da Índia e prata do Egito 343 . Ainda há hoje restos <strong>de</strong>sta estrutura, embora sejam<br />

pouco mais que alguns bosquejos <strong>de</strong> pátios e pavimentos. A causa do excessivo calor do verão,<br />

Susã não era o lugar i<strong>de</strong>al para uma capital permanente.<br />

Persépole, a primeira cida<strong>de</strong> do Império Persa, era a mais impressionante das capitais.<br />

O palácio <strong>de</strong> Dario, o Taxara, foi começado por ele, apesar <strong>de</strong> ter sido ampliado e completado<br />

por seus sucessores. As colunas <strong>de</strong>sta tremenda estrutura ainda <strong>no</strong>s proporcionam o testemunho<br />

da arte e da construção dos persas 344 . Persépole estava estrategicamente fortificada por uma<br />

tripla <strong>de</strong>fesa. Na cristã da "montanha da Misericórdia", sobre a qual foi construída esta gran<strong>de</strong><br />

capital, havia uma fileira <strong>de</strong> muralhas e <strong>de</strong> torres. Ales <strong>de</strong>las, estava a imensa planície conhecida<br />

atualmente como Marv Dasht.<br />

A mais <strong>no</strong>tável entre as inscrições persas é o monumento <strong>de</strong> rocha lavrada perto <strong>de</strong> Bisitum. O<br />

gran<strong>de</strong> relevo, representando a vitória <strong>de</strong> Dario sobre os rebel<strong>de</strong>s, está suplementado por três<br />

inscrições cuneiformes em persa <strong>antigo</strong>, acádio ou babilônico, e elamita. Devido a que o painel da<br />

vitória foi talhado sobre a superfície <strong>de</strong> um precipício <strong>de</strong> 152 mas por acima da planície, com<br />

somente uma estreita borda embaixo <strong>de</strong>le, a inscrição tem permanecido sem ser lida por mais <strong>de</strong><br />

dois milênios. Em 1835, Sir Henry C. Rawlinson copiou e <strong>de</strong>scifrou este registro, assegurando aos<br />

mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong>s eruditos a clave para <strong>de</strong>scifrar a linhagem babilônica, e incrementando a compreensão<br />

do persa 345 . Uma cópia aramaica <strong>de</strong>sta inscrição entre os papiros <strong>de</strong>scobertos em Elefantina, <strong>no</strong><br />

Egito, indica que foi amplamente difundida entre o Império Persa.<br />

• Xerxes<br />

(486-465 a.C.). Xerxes foi o her<strong>de</strong>iro eleito para o tro<strong>no</strong> persa quando morreu Dario, <strong>no</strong> a<strong>no</strong><br />

486 a.C.<br />

durante doze a<strong>no</strong>s tinha servido como vice-rei na Babilônia sob o gover<strong>no</strong> <strong>de</strong> seu pai. Quando<br />

se encarregou do Império, se encontrou com projetos <strong>de</strong> edifícios sem terminar, reformas<br />

religiosas e rebeliões em várias partes do domínio, que esperavam sua atenção.<br />

Entre as cida<strong>de</strong>s em rebelião que receberam severo castigo sob o mando <strong>de</strong> Xerxes, estava<br />

Babilônia. Ali, <strong>no</strong> 482 a.C., as fortificações erigidas por Nabucodo<strong>no</strong>sor foram <strong>de</strong>struídas, o templo<br />

<strong>de</strong> Esagila foi <strong>de</strong>sfeito e a estatua maciça <strong>de</strong> ouro <strong>de</strong> Merodaque, <strong>de</strong> 363 kg <strong>de</strong> peso, foi tirada <strong>de</strong><br />

seu lugar e fundida em lingotes. Babilônia per<strong>de</strong>u sua i<strong>de</strong>ntificação ao ser incorporada com a<br />

Assíria 346 . Embora vitalmente interessado em continuar o programa <strong>de</strong> construções <strong>de</strong> Persépole,<br />

Xerxes con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>u aos insistentes conselhos <strong>de</strong> seus assessores e contra seu gosto dirigiu seus<br />

esforços e energias à expansão da fronteira <strong>no</strong>roeste. À cabeça daquele e<strong>no</strong>rme exército persa<br />

avançou para a Grécia com o apoio <strong>de</strong> sua armada naval composta <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s fenícias, gregas e<br />

egípcias. O exército sofreu reveses nas Termópilas, a frota foi <strong>de</strong>rrotada em salarais, e finalmente<br />

os persas foram <strong>de</strong>cisivamente <strong>de</strong>sagregados em Platéia e <strong>no</strong> cabo Micale.<br />

Em 479, Xerxes se retirou à Pérsia, abandonando a conquista da Grécia.<br />

342 Ver R. G. Kent, en Journal of Near Eastern Studies, pp. 415-421.<br />

343 Ver J. M. Unvala., A Survey of Persian Art, Vol. I., p. 339.<br />

344 Persépole foi escavada pelo Oriental Institute of the University of Chicago en 1931-34 y en 1935- 39. Para um informe<br />

sobre a primeira expedição, ver Ernst Horzfeld, op. cit., ou ver Ernst Schdmit, The Treasury of Persépolis and Olher Discoveries<br />

Achiemenlans, <strong>no</strong> Oriental Institute Communications, 21 (1939), 14ss.<br />

345 Ver H. C. Rowlinson, The Persian Cuneiform Inscríption at Behistun (1846). Cameron fez <strong>no</strong>vas fotografias. Ver Journal<br />

of Near Eastern Studies 115 y ss.<br />

346 Ver Olmstead, op. cít., pp. 236-237.<br />

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